Faltam consultores de audiodescrição em Sergipe

Vereador Lucas Aribé (Foto: César de Oliveira)

Quando falamos em acessibilidade, a função de audiodescritor é um recurso fundamental. É através dele que as pessoas com baixa visão ou cegas têm acesso a informações contidas em obras de arte, filmes, espetáculos e eventos em um processo que visa compensar elementos visuais com palavras. No entanto, esse profissional é uma raridade em Sergipe.

Para se ter uma noção, existem somente três consultores de audiodescrição em todo o Estado. E isso traz verdadeiros transtornos para aqueles que necessitam desse recurso. O vereador Lucas Aribé (Cidadania), chamou atenção para esse tema durante uma oficina de audiodescrição, realizada dentro do V Encontro da Rede de Leitura Inclusiva de Sergipe.

Para Lucas, a falta desses profissionais impede que pessoas cegas e com baixa visão consiga realizar tarefas simples, como navegar em uma rede social. “Se eu acessar o Facebook, por exemplo, utilizando um programa leitor, como o NVDA, Virtual Vision, DOSVOX ou VoiceOver e se depara com uma foto, o leitor informará somente o número do código de programação da imagem, mas não a descreverá”, explicou.

“Essa descrição precisa vir na legenda para que todos tenham uma noção do que se trata. E o audiodescritor é a pessoa mais indicada para fazer esse conteúdo. Porém, como faltam profissionais, a gente sempre orienta as pessoas que descreva mesmo sem saber a técnica. É uma informação para que a pessoa cega não fique perdida”, esclareceu.

O vereador lembrou que, apesar de parecer uma função simples, para se tornar um audiodescritor é preciso estudar bastante. É essencial conhecimento, um estudo profundo sobre como repassar as informações. Isso porque cada segmento necessita de uma descrição adequada: seja uma foto, um filme, uma peça de teatro, um telejornal, uma novela ou um jogo de futebol.

“O audiodescritor precisa estudar. Por exemplo, se esse serviço será feito em uma peça teatral, haverá algumas cenas em que vão aparecer coisas que o auditor não conheça ou que não tenha o poder de discernir. Não adianta a gente pensar em um filme infantil e fazer a audiodescrição com palavras de adultos. Então todo esse cuidado esse conhecimento é fundamental, pois estamos falando de uma profissão”, finalizou Lucas.

Fonte: Assessoria Parlamentar

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