Festival movimenta bairro São José (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet) |
“Mostrar o quanto é possível se produzir alimentos sem a exploração animal”. Assim resume Victor Balde, do Projeto Zons, referindo-se ao Festival Aracaju Veggie, que encerra sua segunda edição neste domingo, 11, com uma grande diversidade musical comandada pelos DJs KL Jay, grupo de rap Racionais MC’s, e Adelmo Júnior, o sketista sergipano, que também se dedica à discotecagem com vinil.
Na tarde do sábado, 10, o Festival levou para o pátio da Biblioteca Pública Epifânio Dória, no bairro São José, uma feira de produtos naturais, alimentos livre de qualquer produto de origem animal e artesanatos, contando com cerca de 40 expositores, entre eles um do Estado da Bahia e outro de São Paulo, que apresentaram ao público uma diversidade de alimentos, chás, produtos de beleza e medicina alternativa produzidos a partir de extratos de plantas cultivas, na maioria dos casos, pelos próprios expositores.
Os frequentadores tiveram a oportunidade de conhecer detalhes da concepção vegana, com palestras ministradas pela confeiteira Nathalia Chubby, uma paulista que veio a Sergipe participar do festival. O espaço da palestra foi transformado em uma verdadeira cozinha, usada pela confeiteira preparar os alimentos e promover as explicações em torno do processo de produção.
Adriana elogia a iniciativa
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Do outro lado, os expositores explicavam a origem dos produtos comercializados naquele festival. “Sou eu quem planta as ervas. São produtos orgânicos e cada item tem a sua utilidade”, explica a empreendedora Gabriela Amorim, apresentando a diversidade dos produtos, que tem origem na Chapada Diamantina, no Estado da Bahia, onde reside. “Nossa proposta é trazer estes produtos naturais produzidos na Chapada como tintura medicinal, manteiga vegana [vegetal], cigarros feitos com ervas medicinais, café orgânico…”, comenta a empreendedora. “Aqui todos os nossos produtos são autorais”, resume Naná Oliveira. “E aqui nós temos óleos para massagem, perfumes, argila para rosto, sais de banho. É a natureza ajudando de várias formas”, diz Stephane Chagas.
A iniciativa agrada a clientela. “É uma proposta bem diferente, legal. Além de dar apoio a estas pessoas que têm um trabalho artesanal e mais natural”, observa a estudante Adriana Matos, satisfeita com a variedade. Agora, é só aguardar a próxima edição, que deve trazer outras novidades dentro de uma proposta de vida mais saudável.
Por Cássia Santana