Greve no Samu deixa 18 ambulâncias fora de operação

Condutores ficam de braços cruzados até sexta-feira
(Fotos: Portal Infonet)

Com o início da greve dos condutores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) nesta quarta-feira, 9, cerca de 18 ambulâncias da frota ficarão fora de operação em Sergipe, segundo confirmou o presidente do Sindicato dos Condutores de Ambulância do Estado  (Sindiconam), Robério Batista. Ele explica que outras 20 ambulâncias estão disponíveis e cabe à Central de Regulação de Urgência (CRU) definir as ocorrências prioritárias durante os três dias de paralisação da categoria.

“A greve foi definida pela categoria por uma série de motivos. Primeiro porque temos uma previsão de pagamento de salário apenas para o dia 12; a categoria continua sem reajuste salarial; e existe a preocupação com os servidores vinculados à Fundação (Hospitalar de Saúde), em processo de fim de contrato. Precisamos de garantias e não incertezas”, cobra o presidente do sindicato. Até a próxima sexta-feira, 11, a categoria manterá o movimento com concentração na base do Samu anexa ao Hospital de Urgência de Sergipe.

Em Sergipe, há 59 ambulâncias cadastradas pelo Ministério da Saúde, mas o estado tem dificuldade para colocar todas em operação em decorrências das condições físicas de algumas viaturas. “Ontem mesmo foram guinchadas duas”, reclamou Robério. Recentemente, o estado entregou 30 novas ambulâncias, que já estão na rua, mas aguarda mais recursos para aquisição de novos veículos, podendo assim substituir o restante da frota antiga.

Robério: servidores estão rodeados de incertezas

Salários e reajuste

Em relação aos atrasos salariais e reajuste cobrado pela categoria, a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) informou que o Governo continua enfrentando dificuldades financeiras e, no momento, a prioridade é regularizar o pagamento dos salários. “Há um planejamento para consolidar o dia 12 como último dia para pagamento dos servidores, mas ainda é inseguro afirmar”, frisou o assessor de comunicação da pasta, Helber Andrade. A discussão sobre o reajuste para todas as categorias, portanto, fica para um segundo momento.

Saúde

A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que em nova reunião da comissão de gestão da saúde, nos últimos dias, foi garantido que uma solução será encontrada para os servidores concursados. “O secretário [Almeida Lima] explicou que o servidor concursado vai continuar. O que se está em processo são os encaminhamentos de segurança jurídica para realizar a transação de fundação para secretaria”, esclareceu o assessor de comunicação, Ferreira Filho. Os servidores com contratos temporários, no entanto, não podem ser aproveitados porque já foram contratados na condição de vínculo provisório.

Por Ícaro Novaes

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