HC tem 15 dias para corrigir Central de Esterilização

Promotor do Ministério Público, Francisco Lima Júnior participou da vistoria (Fotos: Portal Infonet)

A secretária de saúde do município de Aracaju, Waneska Barboza alertou sobre riscos 

O Hospital de Cirurgia tem o prazo de 15 dias para corrigir as inadequações em sua Central de Material e Esterilização (CME). A decisão ocorreu na tarde desta terça-feira, 15, após vistoria feita no prédio por equipes da Vigilância Sanitária Municipal e pelo promotor do Ministério Público, Francisco Lima Júnior.

Segundo a secretária de saúde do município de Aracaju, Waneska Barboza, durante a vistoria diversos problemas foram constatados nos processos de trabalho e na parte estrutural do prédio. “Percebemos que eles iniciaram o processo de obra, já retiraram o material para esterilizar em outro hospital, mas a preparação ainda está sendo feita lá dentro e a gente ainda considera inadequada a situação da CME. Nós fizemos todas as orientações e demos mais um prazo de 15 dias que eles se comprometeram a cumprir. Iremos refazer a visita para ver se a gente já conseguiu obter sucesso nessa regularidade desse setor”, explicou.

Conforme a secretária, foram detectadas infiltrações, portas abertas que não permitem que seja mantido a climatização no local, e fissuras em paredes, o que segundo Waneska, pode ajudar a acumular bactérias e fungos, levando riscos à população. “Sempre há riscos de infecções já que estamos tratando de material que esteriliza para os procedimentos”, alertou.

Mesmo com os problemas, a secretária acredita que uma interdição no hospital não é o mais viável no momento. “Existe sim uma necessidade de regularização do serviço, mas existe também a necessidade da população não ser desassistida e entendo que nesse momento uma interdição no hospital causaria também um prejuízo também para população”, afirmou.

O promotor informou que irá aguardar o relatório da Vigilância Sanitária para poder tomar alguma decisão. “Vou aguardar esses 15 dias, receber o próximo relatório da vigilância sanitária e ver o que vai acontecer. A própria Vigilância tem o poder de interditar o CME, se existir uma adequação por lei, esse poder, que é uma obrigação também é da própria vigilância sanitária. O Ministério Público atua observando de modo a garantir que a Vigilância cumpra o seu papel e que a assistência aos pacientes seja mantida”, comentou.

Cirurgia

Por nota, a assessoria do Hospital Cirurgia informou que "a visita feita por membros da Vigilância Sanitária na tarde de hoje, 15 de maio, é um procedimento de rotina e que há um cronograma físico e financeiro para que o Hospital realize todas as adequações necessárias para o cumprimento das normas elencadas pela Vigilância".

por Yago de Andrade e Verlane Estácio

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