HU alerta para hanseníase com atendimentos e palestras (Foto: Portal Infonet) |
Em celebração à campanha Janeiro Roxo, de combate à hanseníase, o setor ambulatorial do Hospital Universitário recebeu, nesta quinta-feira, 25, diversos pacientes para triagem, atendimentos e discussões sobre a doença. A campanha foi lançada pelo Ministério da Saúde, com o intuito de alertar e conscientizar a população.
A intenção é de que a sociedade conheça a doença, através de palestras educativas. É feita uma avaliação e, caso seja constatado o diagnóstico, o paciente já será encaminhado para receber tratamento.
A médica explicou o que é a hanseníase e quais seus principais sintomas. “É infecto-contagiosa, transmitida de uma pessoa para outra através da tosse, fala ou espirros. Para que haja a transmissão, é necessário que tenha um contato próximo frequente. O toque não transmite a doença. As principais característica são lesões de pele, que podem ser brancas, vermelhas, pode ser um nódulo, caroço ou placa semelhante à impinge, com alteração de sensibilidade. O paciente não consegue diferenciar o quente do frio no local dessas lesões”, detalhou.
Martha Débora Lira, dermatologista, ressalta necessidade de a população conhecer a doença (Foto: Portal Infonet) |
O tratamento é feito através de comprimidos, dura de seis meses a um ano, a depender do tipo, e é concedido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar de ser específica da pele, clínicos de postos de saúde estão aptas detectar a doença e orientar o processo de cura.
A hanseníase pode se apresentar de formas variadas, segundo a médica. “Existe uma classificação, chamada operacional, que serve para o médico definir o tempo de tratamento. Ela diferencia o paciente em paucibacilar, se tem poucos bacilos ou multibacilar, se tem muitos”.
É preciso estar alerta: a hanseníase não mata, mas pode trazer deformidades que comprometem bastante a vida da pessoa caso haja um diagnóstico tardio. “Tem pacientes que chegam a amputar dedos porque tem alteração de sensibilidade, pois não sente que pode ter queimado. Ferimentos repetidos levam a isso”, alertou Lira.
Por Victor Siqueira