Médicos oncológicos cobram equiparação salarial em ato

Médicos oncológicos cobram equiparação salarial em ato (Foto: Portal Infonet)

Os médicos pediátricos, clínicos e hematologistas vinculados à oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) fizeram uma paralisação, na manhã desta terça-feira, 30, em frente ao setor, em prol da equiparação salarial a outros profissionais da mesma área.

Metade dos servidores foram mantidos ativos durante ao ato e os atendimentos a pacientes que já estão em tratamento e internados não foram comprometidos. Apenas os novos, em fase de início de avaliação para tratamento que tiveram que adiar as consultas.

O presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe, João Augusto Alves, explicou as razões da reivindicação. “Queremos a igualdade salarial com os médicos da cirurgia oncológica e radioterapia. Atuam no mesmo paciente, cumprem a mesma jornada de trabalho, mesmo cargo e mesmo setor, então não tem porque eles ganharem 50% a mais. Esperava-se que a equiparação viesse naturalmente, mas não aconteceu”.

Presidente do Sindimed diz que categoria ainda não foi ouvida (Foto: Portal Infonet)

A categoria afirma que desde setembro foram feitas assembleias mensais para debater o tema, e enviados ofícios para a superintendência do Huse, informando sobre a demanda. No entanto, nada foi resolvido. “Pedimos reuniões para pedir, e não houve um encontro sequer. Eles só atuam quando tem mobilização, é a única linguagem que eles entendem. Ontem à tarde, às 15h, que pediram tempo para discutir. Por que não fizeram reunião antes e deixaram para a véspera da paralisação?”, questionou João.

Caso a indefinição por parte do superintendente da unidade hospitalar, Luiz Eduardo Correia e também da Secretaria de Estado da Saúde (SES), os médicos poderão deflagrar greve. A classe frisa que cobra um planejamento, e não medidas imediatas.

O superintendente do Huse e secretário adjunto de Saúde, Luiz Eduardo Correia, negou falta de diálogo e afirmou que não há como atender ao pleito neste momento. "Chamei cada responsável de cada área, e expliquei que não tem como liberar de imediato. Não é demanda apenas da oncologia, mas de vários setores. Não tem como repor imediatamente. Não houve falta de diálogo, não é verdade. O sindicato pressiona para fazer greve, vou comunicar aos Ministério Público Federal e Estadual. É uma demanda de cinco anos que querem resolver em meses", respondeu. 

Por Victor Siqueira

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