Pai de bebê trocado na MNSL quer novo exame de DNA

Troca de bebês ocorreu na MNSL (Foto: arquivo Portal Infonet)

O designer gráfico, Bruno Sotero, pai de um dos bebês trocados na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, vai fazer, por meios próprios, um novo exame de DNA no bebê apontado como seu filho. O exame, que foi solicitado pela Polícia Civil ao Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe, teve um resultado inconclusivo.

Bruno esteve na 8ª Delegacia Metropolitana nessa segunda-feira, 7, para buscar informações sobre o inquérito. De acordo com ele, o delegado Fernando José informou que o caso se tratou de um erro administrativo e que, por isso, nenhum funcionário será indiciado. Bruno foi novamente informado sobre o exame de DNA, que teve resultado inconclusivo porque não foi possível identificar um dos corpos, que estavam em estado avançado de decomposição. A identificação dos gêmeos foi feita por meio do DNA, mas a Polícia Civil teria concluído que um dos bebês é de Bruno apenas com base no que os fatos apontaram.

Inconformado com o resultado, Bruno diz que vai buscar recursos para fazer um novo exame de DNA em uma instituição particular. “Vou fazer o máximo que eu puder para conseguir qualquer tipo de prova. Não vou descansar enquanto não resolver essa situação. Quem vai me garantiu que meu filho não foi trocado na maternidade antes de ir ao necrotério?”, desabafa.

Os corpos dos bebês ainda estão no IML, mas disponíveis para que as famílias providenciem o novo sepultamento.

Relembre o caso

No dia 23 de dezembro, a maternidade deu entrada em seu próprio necrotério três corpos, um oriundo de parto singular, de um feto de cinco meses, e dois irmãos gêmeos. Os pais dos dois irmãos receberam um deles e o feto que nasceu sozinho, de outra mãe. Quando a família desse outro bebê foi retirar o corpo do necrotério, foi informada que ele já não estava mais lá.

Um boletim de ocorrência foi prestado pela SES na 8ª Delegacia de Polícia Civil e, no dia 19 de janeiro, os corpos dos dois bebês entregues à família dos gêmeos foram exumados [desenterrados] para que fossem realizados os exames de DNA através dos corpos dos bebês e das famílias.

por Verlane Estácio

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