Coordenador da Central, Benito Fernandez (Foto: Arquivo Infonet) |
Um dado preocupante: 70% das famílias de pessoas com morte cerebral recusam doar os órgãos do ente querido. A conclusão é da Central de Transplantes de Sergipe, órgãos da Secretaria de Estado da Saúde, que chegou a este percentual a partir de um levantamento feito entre o número de entrevistas feitas com familiares de pacientes com morte cerebral e o total de doações autorizadas. O percentual aceitável é o de 40%, segundo informou o coordenador da Central, Benito Fernandez.
“Depois que o médico informa a morte cerebral do paciente ele dá a oportunidade de a família autorizar a doação múltipla de órgãos. Mas, lamentavelmente 70% destas famílias negam a permissão, que é tão importante para quem precisa de um transplante para voltar a viver com qualidade”, considerou o coordenador. Lembrou Fernandez que o transplante é uma modalidade terapêutica que precisa do doador.
Na última quarta-feira, 7, a Central de Transplante comemorou uma doação de múltiplos órgãos, dentre eles, fígado, que foi para o Rio de Janeiro; dois rins, que foram para Pernambuco e Bahia; e córneas, que ficaram aqui no Estado. De acordo com Benito Fernandez, este ano já foram realizados em Sergipe 34 transplantes de córneas, para um público predominante de idosos.
Em todo o ano de 2017 foram feitos 165 transplantes de córneas e um de coração. “Atualmente temos uma fila de 204 pessoas esperando por uma córnea”, enfatizou o coordenador, destacando a importância da participação de toda a sociedade na causa. “Qualquer pessoa pode precisar de um transplante, como qualquer pessoa pode ser um doador”, disse.
Palestras
O coordenador da Central de Transplantes informou que o órgão atua também na vertente educativa, realizando palestras sobre a importância da doação de órgãos em escolas, igrejas e associações. Os interessados devem legar para o número 3259-2899.
Fonte: SES