Audiência no TCE debate preservação d epatrimônio histórico (Fotos: Portal Infonet) |
É unânime o entendimento dos diferentes segmentos sociais pela necessidade de adoção de medidas de contenção na Praia do Saco, em Estância, visando a preservação da Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem, construída no século XVI pelos jesuítas na faixa litorânea e está ameaçada de demolição pelo avanço do mar. O problema da igrejinha foi debatido nesta quinta-feira, 22, em audiência pública promovida pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), com participação de representantes da Igreja Católica, da Prefeitura de Estância, do Governo do Estado e órgãos ambientais.
Mas as medidas de contenção, apesar da disponibilidade de todos os órgãos públicos, as obras estão proibidas por força de determinação judicial, conforme explicações do procurador-geral do município de Estância, Genilson Oliveira.
Na audiência, o padre Genivaldo, da Paróquia de Porto do Mato, revelou surpreso com os entendimentos iniciais do Ministério Público Federal, que declarou ter conhecimento de que aquele patrimônio estaria abandonado pelos dirigentes da Igreja Católica no Estado. O padre garantiu que comprovou, ao ser notificado sobre a ação judicial movida pelo MPF, que as atividades religiosas naquele templo nunca foram interrompidas e, como consequência, o imóvel nunca fora abandonado.
Padre Genivaldo: igreja com atividade
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Ao final da audiência pública, estabeleceu-se entendimento de que todos os segmentos aguardariam as novas decisões judiciais. Todos demonstraram otimismo, acreditando que o juízo federal concederá medida limitar autorizando a realização das obras emergenciais para preservação daquele patrimônio histórico.
Por Cássia Santana