Visita domiciliar intensifica ações de combate ao Aedes

Os agentes de saúde se dividem em todos os bairros (Foto: Sérgio Silva)

O último Levantamento Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) divulgado no último dia 16 pelo prefeito Edvaldo Nogueira e pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), apontou que Aracaju apresentou o menor índice de infestação dos últimos dez anos: 0,8. Isso significa dizer que, entre outros fatores, as ações que vêm sendo realizadas pela Prefeitura têm surtido efeito, mas nem por isso devem ser reduzidas. Com a chegada do verão, as equipes de Saúde iniciaram o Plano de Intensificação do Controle do Aedes e uma das ações que fazem parte dele são as visitas domiciliares.

A estação mais quente do ano propicia a proliferação mais rápida do mosquito, assim como também a transmissão das doenças relacionadas ao Aedes aegypti acontece de maneira mais acelerada. Justamente por isso, apesar dos trabalhos de controle do mosquito ocorrerem durante todo o ano, os cuidados relacionados à sua proliferação precisam ser intensificados nesse período em que há o favorecimento do clima de sol com chuvas espaçadas. Para isso, a população tem que ser mobilizada e orientada através das visitas domiciliares.

Os agentes de saúde se dividem para o trabalho em todos os bairros da capital. No Santos Dumont, por exemplo, seis agentes realizam a orientação dos moradores em cada imóvel visitado. Nesse bairro, cerca de 25 visitas são feitas diariamente. “Com o começo do novo ciclo, temos dois meses para visitar, pelo menos, 80% dos imóveis de cada bairro da cidade. O trabalho principal é a orientação, por exemplo, sobre os reservatórios que devem ser bem vedados, vasos de plantas que devem sempre conter areia para não acumular água, entre outras orientações que sempre giram em torno dos cuidados básicos para que não existam nas casas os focos do mosquito. Quando é necessário, fazemos também o tratamento com o pó, nos locais em que têm focos para eliminar as larvas”, explicou o supervisor de campo Ronisson Mendonça.

Solícito a cada visita da equipe de agentes, o senhor Osmano Domingos, de 67 anos, já sentiu na pele, ou melhor, no corpo inteiro, os efeitos de uma doença transmitida pelo Aedes aegypti. Se antes ele já procurava cuidar da sua casa, há dois anos, depois que se curou da dengue, esse cuidado só aumentou. “Naquela época eu arriei de verdade e não desejo para ninguém sentir o que senti. Em minha casa eu tenho algumas plantas, tenho a lavanderia, mas tenho muito cuidado para não deixar acumular água em canto nenhum. Sempre que posso também converso com vizinhos para terem cuidado, afinal, não adianta eu cuidar da minha casa e o resto da vizinhança não se preocupar em cuidar da sua”, frisou.

Na mesma rua em que mora o senhor Osmano, dona Maristela dos Santos reside com três filhos e o genro na mesma casa. Apesar de nenhum deles ter tido nenhuma das doenças relacionadas ao Aedes aegypti, ela não descuida. “Procuro prestar atenção para não deixar acumular água em lugar algum. Sempre limpo muito bem a minha casa para não ter problema depois”, afirmou.

A limpeza e o cuidado que dona Maristela tem também fazem parte da rotina na casa de dona Lícia Maria Luduvice. “Eu moro com minha filha, meu genro e minha netinha. Se antes eu já tinha cuidado com esse mosquito, depois que minha neta nasceu a preocupação é maior. Sigo à risca todas as orientações que os agentes passam, principalmente com relação a um reservatório que tenho em casa e sempre o deixo bem fechado”, contou.

São os cuidados simples que fazem diferença no combate ao mosquito transmissor da dengue, da zika e da chikungunya. Mesmo tendo havido uma redução significativa dos números de casos notificados dessas doenças, quando comparados os anos de 2016 e 2017 (dengue, queda de 78,84%, zika, 87,65% e chikungunya, 86,23% de redução dos casos, segundo o último LIRAa), a população não deve descuidar e é agente fundamental nas ações da Saúde.

Fonte: PMA

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