Professores ocupam galerias da Assembleia Legislativa

(Foto: Arquivo Portal Infonet)

Os professores da rede estadual ocupam as galerias da Assembleia Legislativa nesta quarta e quinta. Eles vão acompanhar a votação do projeto de reajuste do piso em 6,5%.

Na quarta-feira, a direção do sindicato irá conversar com os deputados informando a decisão da assembleia da categoria em mais uma vez rejeitar esse percentual de reajuste e solicitar aos parlamentares que votem contra o projeto.

“Entendemos que estes dois dias são muito importantes para a categoria e sabemos que os professores vão lotar as galerias da Assembleia Legislativa na luta pelo reajuste de 22,22% e pelo reestabelcimento da carreira única do magistério”, disse a presidenta do SINTESE, Ângela Maria de Melo.

Audiência com Sílvio Santos

No primeiro dia de paralisação os educadores realizam ato público em frente ao Palácio de Despachos com o objetivo da comissão de negociação ser recebida pelo governo e começar a negociação para o reajuste do piso para todos e o retorno da carreira única.

Membros da comissão de negociação da rede estadual do SINTESE, acompanhada da deputada Ana Lúcia foram recebidos pelo recém empossado secretário de Estado da Casa Civil, Sílvio Santos. A presidenta do SINTESE e a deputada apresentaram para o secretário um histórico da luta dos professores pelo reajuste do piso e pela carreira única.

Ângela ressaltou também que os professores iniciaram um processo de flexibilização nas negociações quando apresentou a proposta em setembro, onde propunha o pagamento do reajuste a partir de outubro (usando a previsão de pagamento do retroativo de janeiro a setembro), negociar o restante do reajuste e o retroativo em momento posterior.

Ana Lúcia apresentou os dados da pesquisa que fez em 60 escolas demonstrando o desequilíbrio na relação aluno e professor acaba causando distorções na folha de pagamento. Os membros da comissão também questionaram sobre qual a herança que o governo quer deixar se continuar com essa ação e não buscar alternativas para o reestabelecimento da carreira e a valorização dos professores.

O secretário Sílvio Santos se dispôs a retornar o diálogo com a equipe econômica e também com o sindicato para se apropriar dos dados e poder intermediar a negociação. Para a direção do sindicato a audiência com Sílvio Santos foi positiva porque abriu um importante canal de negociação. “Ainda não obtivemos a resposta oficial do governo sobre a nossa proposta, mas sentimos a disposição do secretário em voltar a negociar conosco”, aponta Ângela.

Fonte: Ascom Sintese