Professores da Universidade Federal encerram a greve

Jailton de Jesus Costa: "UFS sem condições de funcionamento após o fim da greve" (Foto: Portal Infonet)

Professores da Universidade Federal de Sergipe estão reunidos no auditório da Associação dos Docentes da UFS (ADUFS), na manhã desta terça-feira, 13, para deliberar o fim da greve de 210 dias. O dia do retorno ainda não foi definido, mas o presidente da associação, o professor doutor Jailton de Jesus Costa, já adiantou que o retorno às aulas não será imediato devido à falta de condições de funcionamento da universidade. Os mais de 2 mil docentes voltarão sem qualquer avanço na pauta de reivindicações.

“A gente entrou em greve dia 28 de maio e hoje a categoria deve votar pelo término da greve e retorno das aulas, mas o que a gente percebe é que foram quase cinco meses de greve com a universidade parada e mesmo assim o Governo se recusou a negociar e entender a nossa pauta. Não era pauta de salário, era contra cortes de 16 milhões de reais para o ano que vem. A gente tem clareza que a universidade não vai se manter funcionando após o final da greve, pois não tem condições. Há vários anos que os docentes fazem pesquisa porque tiram do bolso; a gente não tem papel, não tem tinta, não tem material, quer fazer pesquisas, tira dos recursos próprios. A gente não sabe nem se o Resun [Restaurante Universitário], tem como funcionar”, lamenta.

Sobre a pauta de reivindicações da categoria, Jailton de Jesus Costa, destacou que após todo o tempo parados, os professores voltam sem avanço nenhum. “A gente tinha com o ponto de pauta, a paridade entre ativos e aposentados; reverter os cortes na Educação, que já foram três e outro ponto de pauta sobre a nossa carreira, que vem desde 2012, sem negociação e outro ponto de pauta que é sobre a qualidade da universidade, o ensino da Pesquisa e da Extensão. A gente volta depois desse tempo parado, sem nenhum acordo com o Governo”, relembra acrescentando que a saída da greve é unificada.

Demora

Jailton de Jesus ressaltou também que o retorno às aulas nãos erá imediato. “Depois do Enem, grande parte dos nossos alunos é de outros estados e a gente não tem como voltar às aulas porque eles não estão em Sergipe. O Rosa Elze funciona por conta da universidade, os restaurantes e as casas de aluguel estão fechados e a gente precisa de uma semana para que os pais possam trazer seus filhos, fazer acordos de aluguel, para em seguida reiniciar as aulas”, adianta. Até a publicação da matéria, a assembleia dos professores não havia terminado.

Por Aldaci de Souza

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