Servidores de escolas estaduais ameaçam parar atividades

Johan Bezerra: "Acho quase impossível que não haja uma greve" (Foto: Portal Infonet)

Servidores Públicos da Área Administrativa e Operacional da Educação do Estado de Sergipe [merendeiras, vigilantes, executores e oficiais administrativo] podem cruzar os braços nos próximos dias. Por meio do sindicato da categoria [Sintreducase], eles alegam que há vários meses estão tentando um dialógo em prol de salários dignos e melhores condições de trabalho.

Segundo o presidente do Sintreducase, Johan Bezerra, foi protocolado junto ao Governo do Estado e à Secretaria de Educação, um pedido de abertura de negociação, mas até agora não obtiveram resposta. “A gente está num primeiro momento fazendo uma mobilização nos interiores, conversando com os colegas, mas diante da situação dos funcionários das escolas, acho quase impossível que não haja uma greve. Apesar da aprovação do PCCV, existe na sua grande maioria, funcionários de escola que continuaram ganhando abaixo do mínimo”, explica Johan Bezerra.

Ajuste da LRF

O sindicalista lamentou que o Governo tenha criado um limitador para os salários dos servidores.
“Qual foi a grande malandragem do Governo? Elevou nosso salário base pra R$ 900 e no entanto, criou um limitador chamado Ajuste Provisório da LRF, ou seja, nós estamos pagando por culpa de uma ingerência, de uma irresponsabilidade do Governo. Ai quando você pega os 900 e diminui os 200 e pouco que é o limite da RLF, os funcionários de escolas estão ganhando R$ 545. O meu caso, recebo R$ 788 porque tenho adicional noturno pra complementar e salário família, quem trabalha pelo dia não tem esse complemento”, destaca.

O presidente do Sintreducase retrucou o argumento de que a situação do Estado é difícil. “O discurso do Governo é de que o Estado tá em situação difícil porque diminuiu os repasses federais, não é verdade porque a gente pesquisou no Portal da Transparência e a informação é de que em 2014 em relação a 2013 aumentou 233 milhões, não é pouco dinheiro, no entanto, o Governo vem contratando cargos comissionados altíssimos. Em visita à Assembleia, o secretário Jorge Carvalho disse que estava disposto a nos receber, dois dias depois nós protocolamos ofícios e até agora nada”, acrescenta Johan Bezerra.

Contraponto

Na assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Educação (Seed), a informação é de que “todas as negociações estão acontecendo com o Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais, a nossa relação é com o Sintrase, a gente não vai dialogar com um sindicato que não está legalizado”.

Por Aldaci de Souza

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