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(Fotos: Igor Matheus/ Portal Infonet) |
Eles vivem em cidades diferentes, têm profissões diversas e estilos mais variados ainda. Mas quando se juntam, é em nome de uma só causa: a paixão pela motocicleta. É isso o que tem reunido vários motociclistas e admiradores das duas rodas na 13ª edição do Aracaju Motofest, evento que acontece desde o último dia 14 na Praça de Eventos a Orla de Atalaia e tem programação até este domingo, 17. Com shows, exposições, várias tendas de venda de acessórios e até concessionárias, a festa tem atraído aficcionados por motos oriundos de toda parte.
Um deles é o professor José Resende, de Itabi. Tambem conhecido como Zé de Abílio, Resende começou sua paixão por motos com altas cilindradas há cinco anos. Depois de ser proprietário de máquinas como Saara 350cc e Yamaha 550cc, ele passeia por aí sobre uma Suzuki 750 cilindradas e não titubeia ao explicar o que atrai alguém a investir em motos possantes. “Tudo o que se faz com uma moto de 750 cilindradas o sujeito faz com uma de 250. É claro que a potência é um atrativo, mas o que mais conquista é o estilo. E com ele vem as pessoas novas que você conhece e a companhia dos motoclubes”, diz.
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"Zé de Abílio", Roseli e a Suzuki 750cc |
Sempre acompanhado da esposa Roseli Dantas, também professora, Zé de Abílio faz do Motofest um ponto de encontro do motoclube que integra, o Dragão de Fogo. “É um grupo de Santo André com secção em Sergipe. Nos reunimos toda semana para discutir sobre motos e fazemos algumas viagens”, explica.
O geólogo José Fernandes Filho é outro com longo histórico de relacionamento “amoroso” com as máquinas de duas rodas. Depois de ter máquinas como CB750CC, Dragstar 650 e Intruder, o experiente motociclista roda atualmente a bordo de uma Honda 1800 cilindradas, um dos veículos mais prestigiados do evento. “Comprei ela aqui mesmo no Motofest há exatos três anos”, revela. Com uma viagem de Ouro Preto a Aracaju sobre duas rodas nas costas – um trajeto de 2 mil quilômetros de chão –, Fernandes explica que o tamanho da moto pode ser documento.
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José Fernandes Filho e sua Honda 1800cc |
“Quando um caminhão passa ao lado de uma moto pequena, o deslocamento de ar pode provocar desequilíbrio no motociclista. Mas em cima de uma moto com para-brisa, isso não acontece. A aerodinâmica faz a rajada passar por cima do capacete, e o equilíbrio não é comprometido”, explica.
Já o empresário Fernando Lima, de Salvador, começou sua história com motos a partir das pequenas cilindradas, partiu para uma Shadow e foi arrebatado pela sua maior paixão: a lendária Harley Davidson. De cima de sua máquina de 1600 cilindradas, o baiano se derrete mesmo sem fazer pouco das outras marcas. “Olha, já andei em uma BMW. É realmente espetacular. Mas não troco minha Harley Davidson por nada. É como estar montado em um mito. Sinto gosto até de ir ao posto abastecê-la. E vou ter mais uma ainda”, planeja.
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Fernando Lima e a Harley |
Participante de várias edições do Motofest, Fernando exibe sua moto com R$15 mil em acessórios com orgulho e ressalta o que diferencia um motociclista dedicado dos “ordinários”. “Existe uma pequena parcela do grupo que faz coisas negativas no trânsito e arranha a imagem de todos. Mas saibam que a principal característica de um motociclista é a responsabilidade sobre duas rodas”, pontuou.
Por Igor Matheus