Servidores do município de Malhada dos Bois que alegam ser vítimas de perseguição política por parte do atual prefeito paralisaram suas atividades e foram às ruas na manhã desta sexta-feira, 6, protestar e tentar ser ouvidos pelo administradores da cidade. O ato dos trabalhadores, em sua maioria auxiliares de serviço geral, foi acompanhado por integrantes de movimentos sindicais como a CUT e por lideranças políticas, a exemplo do deputado federal Iran Barbosa (PT/SE).
Como denunciado em primeira mão pelo Portal Infonet no último dia 23 de janeiro, desde o início deste ano que dezenas de mulheres foram relocadas em suas
funções e passaram a varrer as ruas da cidade, sofrendo humilhação e sem materiais adequados, segundo contam. “Só depois que saiu na imprensa foi que nos deram luvas e camisas, só que ainda por cima são inadequadas pro serviço que a gente faz”, conta Rita de Cássia. Rita de Cássia e Aparecida: queixas são muitas
Gicelma Barros, que sempre trabalhou num colégio e tinha redução de carga horária por conta do filho que é deficiente, perdeu os seus direitos e diz que não tem mais tempo de assistir ao seu filho, que depende em tudo dela. “Quando posso dou uma fugidinha para ir cuidar dele em casa, mas a maior parte do tempo ele fica me acompanhando debaixo do sol e na poeira”, relata.
Outra situação precária é de dona Maria Aparecida. Há nove anos ela é funcionária do município e sempre trabalhou como atendente do posto de saúde. Ela conta que tem problemas de saúde e que desde que começou a trabalhar na rua já passou mal diversas vezes. “Não tenho condições nenhuma de suportar essa jornada sob o sol forte e eles não aceitam os atestados que eu levo”. Protesto foi acompanhado pela CUT e pelo deputado Iran Barbosa
A população que assiste diariamente ao sofrimento das trabalhadoras apóia a manifestação e são testemunhas da situação a que são submetidas. “Elas passam o dia todo na rua sendo humilhadas. Nunca foi assim”, relata dona Maria Iranildes Ferreira. Além disso, ela conta ainda que tem um parente que prestou concurso para sede como motorista e desde janeiro passou a trabalhar em um povoado distante. Este é o mesmo caso do vigilante Jorge Gomes, que hoje é vigia da casa de farinha a quilômetros de distância da sede. “Não dão condições nenhuma de trabalhar nem a chave do local eu tenho, vigiamos do lado de fora sem direito nem de ir ao banheiro. Eles dizem que esse é o nosso castigos”.
Entendimento Discussões são acaloradas / Fotos: Portal Infonet
Os trabalhadores indignados com a atual situação a que estão sendo submetidos saíram em caminhada até a sede da prefeitura onde o prefeito Augusto Cesar prometeu receber uma comissão para tentar negociar. No entanto, para muitos o caso não será resolvido tão cedo. Mesmo entre os habitantes de Malhada a questão é polêmica e muitos aprovam a atitude do prefeito. Em um ponto os populares concordam: tudo não passa de uma briga política.
Por Carla Sousa
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