Eleitores criticam candidatos que não cumprem mandatos

Karla Trindade é vereadora mas está como secretária de Governo (Fotos: Portal Infonet)
O que fazer se a pessoa a quem você confiou seu voto prefere não cumprir o mandato e principalmente as promessas de campanha? Essa é uma pergunta que não quer calar entre os eleitores sergipanos por conta das especulações quanto à escolha dos novos secretários do governador Marcelo Déda (PT) e dos ministros da presidente Dilma Roussef (PT). Entre os eleitos em 3 de outubro de 2010, o mais cotado para não honrar os votos recebidos e assumir uma pasta no Governo Federal, é o senador Antônio Carlos Valadares, apesar de garantir nunca ter recebido qualquer convite.

Outro senador sergipano eleito no último pleito e que vem sendo cotado para assumir uma secretaria de governo é o

Valadares está cotado para assumir ministério
senador Eduardo Amorim (PSB), cuja decepção do eleitor poderia ser maior ainda, já que Amorim obteve uma das maiores votações dos últimos tempos [625.959 votos] até mais do que obteve o governador Marcelo Déda [537.223 votos].

Após os resultados das eleições, tem sido comum as lideranças políticas iniciarem o processo de arrumação com a finalidade de acomodar candidatos que não obtiveram êxito nas urnas, ficando nas primeiras suplências. E para isso, uma das primeiras soluções é dar uma secretaria ou ministério aos titulares.

Assembléia

Robson Viana garante que não será secretário
Na Assembléia Legislativa de Sergipe já assumiram secretarias, deixando as vagas para os suplentes, os deputados Rogério Carvalho [saúde], Ana Lúcia e Conceição Vieira [Inclusão Social]. Em outras legislaturas, os deputados Nicodemus Falcão e Luciano Prado exerceram os cargos de secretários da Educação.

Câmara

Na Câmara Municipal de Aracaju, a vereadora Karla Trindade (PCdoB) também obteve uma votação expressiva, mas pouco exerceu o cargo. Ela saiu para dar vaga ao suplente e atualmente exerce o cargo de secretária municipal de Governo.

Ana Lúcia foi secretária de Inclusão
O vereador Robson Viana (PT) foi o mais votado. Hoje ele disputa o cargo de presidente da Câmara e apesar dos comentários de que pode abrir mão em troca de uma secretaria, o vereador foi enfático:

“A minha eleição não passa por nenhuma negociação para que eu assuma qualquer secretaria. Nada contra quem deixa os mandatos concedidos pelos eleitores para assumir secretarias ou ministérios, mas não é da minha índole. Em 2008 eu fui convidado para ser o secretário de Esportes, mas não aceitei e não pretendo assumir nenhum outro órgão.

Antônio Augusto: “Eleitor fica com cara de palhaço”
Quero honrar os votos depositados e a confiança dos meus eleitores. Não fujo das minhas responsabilidades e continuo candidato à presidência da Câmara. Sou firme nas minhas decisões e a favor da alternância no Poder, até porque todo mundo tem o direito de pleitear”, destaca Robson Viana.

Eleitores

Nas ruas da cidade, a opinião dos eleitores é unânime: “Os políticos precisam respeitar os votos recebidos e cumprir as promessas de campanha. Como fica a situação se não cumprem os mandatos na totalidade?”, entende o eletricista Luiz Roberto Santana.

Patrícia Cardoso: “É inevitável”
Segundo o promotor de vendas, Antônio Augusto Carmo, “o eleitor fica com a cara de palhaço. A população vai cobrar a uma pessoa a quem não confiou o voto? É por isso que nessas últimas eleições, eu votei em poucos. Usam a gente como manobra”, ressalta.

“Certo não é você se eleger e deixar o mandato para assumir outros cargos, mas é uma coisa inusitada que faz parte do sistema e o eleitor ffica sem ter como cobrar as promessas”, entende a professora Patrícia Cardoso.

Por Aldaci de Souza


 

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