Prefeito descarta chapão para vereadores

Pastor Jony: da utopia à prática em busca de alianças (Foto: Arquivo Infonet)

Apesar da indefinição quanto à candidatura majoritária, o bloco governista aliado do prefeito Edvaldo Nogueira e do governador Marcelo Déda já começa a se articular em torno de alianças proporcionais que possam garantir a eleição de um expressivo número de vereadores para, supostamente, dar sustentação à administração municipal a partir de janeiro de 2013, caso os governistas sejam efetivamente vitoriosos no pleito que se aproxima.

A possibilidade de um chapão que possa aglutinar todos os partidos aliados para a eleição proporcional é uma alternativa, mas divide opiniões. O vereador Jony Marcos (PRB) garante que o partido trilhará com o prefeito Edvaldo Nogueira e acredita que o grupo elegerá um expressivo número de vereador se for arquitetado um chapão para aglutinar os pretensos candidatos de todos os partidos aliados. “Quem tiver força ganha, quem não tiver, morrerá”, conceitua.

Uma composição difícil de ser construída, conforme admite a liderança do PRB. “Meu partido topa, resta saber se os demais tomam formar o chapão”, diz o parlamentar. O prefeito Edvaldo Nogueira descarta por completo esta probabilidade e diz que os partidos aliados, mesmo sem definir as candidaturas majoritárias já estão se articulando em composições proporcionais. “Ninguém quer chapão, não é possível”, diz. “O PC do B mesmo está saindo com uma chapa (para vereadores) própria”, anuncia.

Utopia

Edvaldo Nogueira: alternativa inteligente para eleger vereadores (Foto: Cássia Santana/Arguivo Infonet)

O prefeito voltou a defender entendimentos em torno de uma candidatura majoritária única, mas admite as dificuldades que os partidos enfrentam devido às pretensões isoladas dos aliados. No PT por exemplo, há três nomes em disputa pela indicação – Os deputados Rogério Carvalho (federal) e Ana Lúcia Menezes (estadual) e o vice-prefeito Sílvio Santos, enquanto o PSB apresenta-se com dois – os deputados Valadares Filho (federal) e Adelson Barreto (estadual) e o PC do B, que também tinha dois nomes, já se unificou em torno da indicação de Jefferson Passos, secretário de finanças de Aracaju.

Mesmo com o divisionismo para a majoritária, os partidos já estão conversando sobre as possíveis alianças proporcionais, segundo Edvaldo Nogueira. “Os partidos não querem um chapão e já estão decidindo: o PC do B mesmo está saindo com chapa (para vereador) própria, mesmo que tenha candidato único. O Pastor Jony não acredita em chapa única no PC do B. “Partido com candidatura majoritária não pode impor limites para a aliança proporcional”, diz o vereador, que pretende compor com o PC do B e outros da base aliada para formar a chapa proporcional.

O prefeito Edvaldo Nogueira tem convicção que o PC do B sai sozinho e adianta que outros partidos tomarão o mesmo rumo e cita o PR,  PSC e PSB. “Já o PT está buscando coligação com PMDB e PSD… todo mundo já está se articulando”, diz. “Uma chapa grande em cima na cabeça (majoritária) não significa uma chapa grande embaixo (proporcional)”, comenta.

Para o prefeito Edvaldo Nogueira, seria um erro estratégico das forças aliadas a formação de um chapão proporcional. “Aí seria errado. Embaixo (na proporcional), nós teremos que lançar várias chapas, como fizemos na nossa eleição, que fizemos várias chapas e elegemos 14 dos 17 vereadores”, comenta. “Mostra que foi uma estratégia correta: fizemos pela primeira vez 14 vereadores numa eleição da Prefeitura de Aracaju, foi uma inteligência política da nossa coligação, tivemos capacidade de juntar as chapas e permitir o maior número de vereadores eleitos”.

Em 2008, o grupo aliado do governador Marcelo Déda saiu com chapa majoritária única encabeçada pelo prefeito Edvaldo Nogueira, que disputou a reeleição, com apoio de 14 partidos: PRB, PSC, PR, PSDC, PMN, PTN, PT, PCdoB, PPS, PDT, PSDB, PRP, PSB e PSL. E, para escolha de vereadores, o bloco governista se dividiu em quatro grupos: PRB, PSC, PR, PSDC, PMN e PTN – no primeiro bloco; PT, PCdoB e PPS, no segundo; PDT, PSDB e PRP, no terceiro e PSB e PSL, no último. “E acho que isso é que deve se repetir nesta eleição: quatro ou cinco chapas proporcionais para elegermos o maios número de vereadores possível”, comenta Nogueira.

A prática ainda é conturbada. O primeiro passo deve ser tomado para definição de candidato (único ou não) na chapa majoritária (para prefeito). “Candidatura única seria ideal, mas é utopia”, conceitua o Pastor Jony.

Por Cássia Santana

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