O PSC reage as declarações de Deda na TV

Há poucos dias, numa entrevista á TV Sergipe, o governador Marcelo Deda repisou o caso da eleição antecipada na Assembléia Legislativa, ocorrida no dia 27 de fevereiro, tratando-o como um alto caso de traição. Isso voltou a magoar os integrantes do PSC, o partido principal da coleção dos irmãos Amorim, o Senador Eduardo e o empresário Edivan. Magoou tanto que ontem pela manhã, o deputado Zeca da Silva perdeu o seu ar de homem afável e gentil e falou grosso:

“Quem voltar a falar em traição receberá o troco”. Porque, segundo ele, não houve traição. Antes das eleições, todos os deputados foram consultados, inclusive os do PT, para participarem da chapa. A deputada Suzana Azevedo acha que este assunto já deveria estar encerrado. O deputado Pastor Antonio dos Santos, recorreu, como sempre costuma fazer, à Biblia para dizer que dois só caminham juntos se tiverem afinidades. Já que houve a dissensão, cada um que cuide de si, de agora por diante. O PSC prepara-se, portanto, a assumir a posição de partido de Oposição ao governo. Vem chumbo grosso por aí…

Projetos da Segurança Pública

Para o deputado Francisco Gualberto, “no Brasil e no mundo, os policiais são categorias diferenciadas na sociedade, isso porque o cargo de policial é revestido de autoridade. E não pode uma autoridade de Estado deixar de seguir regras”. Ele comentava os cinco projetos ligados à Segurança Pública que tramitam na Assembléia Legislativa. O líder do governo defende a tese de que a PM não pode continuar sendo regida por um código disciplinador com origem no Exército, desde os tempos da ditadura militar. “A idéia do governo é desmilitariza a PM. Portanto, vamos discutir com tranqüilidade, alterar o que for preciso e adequar à realidade da corporação. Até porque muitos pontos que estão na lei foram reivindicados pelos próprios policiais. Par Gualberto, “o Poder Legislativo, dentro de suas prerrogativas detém o poder de discutir e alterar uma lei estadual. Vamos discutir ponto a ponto e estabelecer o que for melhor para todos”.

Por Ivan Valença