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Debate ‘Pelo Direito à Verdade e à Memória da Ditadura Militar’ (Fotos: Portal Infonet) |
Para marcar os 50 anos do Golpe de Estado que instaurou a Ditadura civil e militar no Brasil, responsável pela prisão, morte, tortura e extradição de artistas, jornalistas e militantes sociais, a Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) realizou nesta segunda-feira, 31, o debate ‘Pelo Direito à Verdade e à Memória da Ditadura Militar’.
Segundo o presidente da CUT, Rubens Marques, é papel do movimento sindical debater este período histórico brasileiro. “Os sindicatos sofreram intervenção da ditadura. Muitos sindicalistas foram perseguidos, torturados e desaparecidos. Por isso não podemos perder a memória deste período e não deixar cair no esquecimento”, reflete.
“Muitas pessoas nem sabem que aconteceu o golpe militar. O movimento sindical deve estar movimentando este debate para que nunca mais aconteça outro golpe”, acrescenta o presidente.
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Presidente da CUT, Rubens Marques
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O evento contou com a participação do jornalista e coordenador do Núcleo Piratininga de Comunicação Sindical, Vito Giannotti. Segundo Vito, o sistema hegemônico tenta encobrir o que aconteceu no Golpe de 64. “O autoritarismo dos organismos públicos e da polícia são resquícios da ditadura. Ainda acontecem torturas nas delegacias e isto é uma das coisas que sobrou deste período”, afirma.
Ele ainda comenta que a Comissão da Verdade – comissão criada pelo governo para apurar os crimes cometidos no período da ditadura – precisa avançar. “A comissão vem cumprindo um papel importante porque vem mantendo na mídia o debate sobre a ditadura, porém, ninguém foi condenado pelo o que fez”, finaliza.
Ex-presos políticos da ditadura em Sergipe também estiveram presentes relatando sobre a atuação dos militares no Estado, contribuindo para a reflexão conjunta acerca do Golpe.
Por Geilson Gomes e Verlane Estácio