Rogério: “nenhum nome no PT terá unanimidade”

Rogério: "partido vai sangrar" (Foto: Arquivo Portal Infonet)

O presidente do Partido dos Trabalhadores em Sergipe, Rogério Carvalho, está adiando, mais uma vez o sonho de se tornar prefeito de Aracaju. “É preciso que outras lideranças se exponham à sociedade, a política não pode ser feita por uma única liderança a vida toda. A sociedade precisa ter a oportunidade de experimentar outras lideranças e precisamos estimular isso porque é importante para a democracia, para a cultura política do nosso estado”, diz. “O meu nome está colocado como presidente do partido para ajudar nos processos eleitorais de todos os municípios sergipanos”, comenta.

O presidente do PT de Sergipe considera “insipientes” os debates em torno das eleições municipais que ocorrerão no próximo ano, mas admite um divisionismo dentro da base aliada, que dá sustentação ao governador Jackson Barreto (PMDB), a partir dos nomes já postos para disputar a Prefeitura de Aracaju: o deputado federal Valadares Filho, pelo PSB, Edvaldo Nogueira, PC do B, Zezinho Sobral, pelo PMDB, e pelo próprio PT, a deputada estadual Ana Lúcia Menezes. “Não é rompimento, é necessidade de afirmação de partidos”, considera.

Mas uma das dificuldades para entrosamento dos partidos aliados, na ótica de Rogério Carvalho, pode estar na postura do senador Antonio Carlos Valadares nas eleições presidenciais ocorridas no ano passado pelo apoio à candidatura de Marina Silva, construída com a articulação do PSB em nível nacional a partir da substituição do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que morreu meses antes da eleição em um acidente aéreo, no qual também morreu o sergipano Pedrinho Valadares, um dos coordenadores da campanha. “O PSB teve candidatura apoiada por todos [em 2012, com a indicação do deputado Valadares Filho para prefeito de Aracaju] e não vai ter agora porque os partidos vão lançar candidatos. O senador Valadares, por exemplo, depois de ter tido apoio de todo mundo em 2012, votou em um candidato completamente fora do eixo da coligação”, enaltece, referindo-se ao apoio do PSB a Marina Silva.

Para Rogério Carvalho, o episódio de 2014 envolvendo o PSB, pode até não trazer nenhum reflexo nos debates e entendimentos políticos centrados no processo eleitoral de 2016, “mas mostra que a gente precisa ter uma construção partidária mais sólida”.

Sem unanimidade

Apesar de destacar que o partido ainda não iniciou os debates sobre a sucessão municipal, Rogério garante que o PT fará indicações e revela que até o momento apenas o nome da deputada Ana Lúcia Menezes foi cogitado até o momento para disputar a prefeitura de Aracaju. Mas confessa que, qualquer nome posto, não sairá unânime. “Unanimidade não vai ter. Nenhum nome dentro do PT terá unanimidade e isso é normal, faz parte da nossa democracia interna”, justifica.
Rogério Carvalho admite a possibilidade do PT recuar e conduzir o processo por uma aliança política com outras siglas. “Vamos ter um debate muito intenso e podemos ter um candidato, mas no processo possa ser que avalie uma aliança”, comenta.

Partido sangrando

Rogério Carvalho reconhece os erros de membros do PT que se envolveram em suposto esquema de corrupção. “Erramos e esses erros não tem desculpa. O partido vai sangrar por conta disso. O PT precisa encarar, precisa parar de achar que não houve nada. Houve sim. Foi ruim para a imagem do partido”, comenta. “A gente tem o desafio de reconstruir esta imagem e a estratégia é não ter vergonha de ser petista, pedir um crédito e falar da história e construir um novo pacto”.

Por Cássia Santana

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais