Vereadora aumenta diárias em Poço Redondo em mais de 33%

Poço Redondo pobreza contrasta com diárias de vereadores (Foto: Arquivo Portal Infonet)

A vereadora Maria José Andrade Lima, presidente da Câmara Municipal de Poço Redondo, aumentou em mais de 33,33% o valor das diárias pagas aos parlamentares municipais. A medida foi adotada por meio de projeto de resolução aprovado pela maioria dos parlamentares e rejeitada apenas por quatro dos onze vereadores que compõem a Câmara Municipal de Poço Redondo.

Com a aprovação do projeto de resolução apresentado pela Presidência da Casa, o valor da diária passou dos R$ 450 atuais para R$ 600. A presidente da Câmara se manifestou através de seu assessor particular, José Augusto Lima, conhecido como Gois, que é esposo da vereadora. Ele disse que não recebe remuneração para assessorá-la, mas fez questão de defender o projeto por ela apresentado à Câmara. De acordo com o assessor, o reajuste foi concedido porque o valor da diária está defasado. O valor está congelado, segundo enfatizou, desde o ano de 2010. Ele explicou que a Câmara recebeu orientação do Tribunal de Contas do Estado para modificar o critério de concessão de diárias, o que implicou redução dos valores repassados para os parlamentares que participam de eventos ocorridos em outros estados nos fins de semana.

Segundo enfatizou, pelo fim de semana, a Câmara repassava o valor corresponde a quatro diárias [o equivalente a R$ 1,8 mil], mas o Tribunal de Contas do Estado orientou a presidência a contabilizar apenas três diárias, que totalizam R$ 1,350 mil. Com o reajuste aprovado, as três diárias ficam em R$ 1,8 mil, correspondente ao valor que era repassado antes pelas quatro diárias.

Mas o projeto ganhou antipatia dos oponentes, que entendem como momento inoportuno para praticar o reajuste. “Fui contra porque os municípios estão em crise, o estado está em crise, o país está em crise. Não é o momento para aumentar gastos”, entende o vereador Manoel Messias Militão (PSD). “Por que aumentar estas diárias agora? Qual a justificativa, se no ano que vem vai ter outra eleição?”, questiona o vereador Claudeir dos Santos (PMDB), que também votou contra ao projeto.

Por Cássia Santana