Sindicalistas analisam relatórios financeiros do Governo

Sindicalistas discutiram ainda novas manifestações (Fotos: Portal Infonet)

Presidentes de sindicatos apresentaram na manhã desta sexta-feira, 16 no auditório do Sindicato do Fisco (Sindifisco), uma análise dos relatórios financeiros do Governo. Na ocasião, o presidente do Sindifsco, Paulo Pedrosa destacou que os relatórios mostram um superávit de R$ 166 milhões em agosto, mas até agora não concedeu reajuste salarial aos servidores públicos. O assessor de Comunicação do Governo de Sergipe, jornalista Sales Neto retrucou argumentando que esse valor é procedente de convênios e somente podem ser utilizados para fins específicos.

“Apresentamos uma análise dos relatórios financeiros do Governo e fizemos um paralelo entre o que está expresso nos relatórios e o discurso do Governo de falta de recurso e falência das finanças estaduais. O relatório de agosto tem um dado revelador: aponta um superávit de 166 milhões de reais. Como é que o Estado tem um superávit e no mesmo período chegou a atrasar o pagamento dos servidores? Fazendo um paralelo, em agosto do ano passado, esse superávit era de 125 milhões, agora em 2015, 166 milhões, quer dizer, superior. No ano passado ele concedeu reposição salarial e agora em 2015, nenhuma posição do Governo. Isso reforça o entendimento de que o Governo não tem atendido às reivindicações dos servidores, por uma decisão política”, entende Paulo Pedrosa.

Paulo Pedrosa: "Governo não tem atendido às reivindicações por decisão política"

Ele destacou ainda que o Governo não está realizando reuniões do Grupo de Trabalho. “Nós estamos pedindo ao Governo que realize a reunião do Grupo de Trabalho, que foi um compromisso dele até 12 de agosto, já temos mais de 60 dias passado e ele não convocou essa reunião e que o Governo abra o debate com a sociedade porque essas questões não interessam só aos servidores. Essas questões devem vir à tona e serem devidamente esclarecidas”, enfatiza.

Dieese

O coordenador do Departamento Intersindical de Economia e Estatísticas (Dieese), Luiz Moura afirmou ser preocupante a situação dos servidores públicos. “Estamos vivendo uma conjuntura extremamente delicada, o Estado não deu reajuste, apesar de a Constituição garantir. Isso afeta a economia, pois são mais de 50 mil servidores sem reajuste salarial e o processo inflacionário está corroendo os salários, é menos consumo para o Estado de Sergipe e também menos arrecadação. A situação é preocupante, o governador deveria rever essa postura, os sindicatos estão se sentindo enganados porque fizeram um pleito junto ao Governo do Estado e o o Governo não respondeu até o momento. Isso tudo gera um clima de desconfiança o que não é bom para o processo de negociação”, diz.

Luis Moura: "Governador deveria rever essa postura"

Luiz Moura, completou: “O governador em exercício tinha se comprometido pessoalmente em encaminhar esses pedidos e até o momento não foi feito. É ruim para o Estado, é ruím para os servidores e também é ruím para o Governo do Estado. A postura não está sendo de respeito para a categoria dos servidores públicos”, acredita.

Governo

“Superávit na verdade são os recursos dos convênios firmados e que estão na conta do Governo, mas que somente podem ser usados para os objetos desses convênios. Não se pode mexer nesse dinheiro para pagar a folha de pessoal e com isso, esse superávit não existe”, explica o assessor de Comunicação Social do Governo de Sergipe, Sales Neto.

Quanto ao reajuste, ele informou que o Governo precisa desenquadrar o Limite Prudencial para a implantação do Plano de Cargos Carreira e Vencimentos (PCCV). “O Limite Prudencial estava em 49.55, caiu para 47.35, se for dado o reajuste agora, pode voltar aos 49, não tendo como implantar o PCCV, que deverá ser implementado em breve”, diz.

E Sobre a não realização das reuniões da Mesa de Trabalho, Sales Neto esclareceu que as categorias não solicitaram mais os encontros. “Os presidentes dos sindicatos não solicitaram as reuniões, a exceção do Sindicato dos Servidores do Detran, único que solicitou e o Governo está negociando, mas o diálogo continua aberto sim”, garante.

Os sindicalistas discutiram ainda ações de continuidade da luta em prol da implantação do PCCV, definindo uma ocupação nas galerias da Assembleia Legislativa de Sergipe no próximo dia 28 de Outubro, data em que se comemora o Dia do Servidor Público.

Por Aldaci de Souza

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