Deotap diz que Torre pagava publicidade do Sindelimp

Delegados esclarecem resultados da Babel em coletiva (Foto: Cássia Santana/Portal Infonet)

O Sindicato dos Empregados da Limpeza Pública e Comercial do Estado de Sergipe (Sindelimp) era financiado pela empresa Torre Empreendimentos para dar publicidade, comercialmente, aos atos da entidade sindical decorrentes de greves e emissão de notas públicas contra a empresa Cavo.

A constatação foi feita pela equipe do Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap) durante a Operação Babel, articulada para investigar as supostas irregularidades nos contratos mantidos pela Prefeitura de Aracaju com a Torre Empreendimentos. A delegada Danielle Garcia não tem dúvida que as ações do Sindelimp eram patrocinadas pela Torre Empreendimentos e tinham como objetivo prejudicar a empresa concorrente, no caso a Cavo que disputava com a Torre o contrato da Prefeitura de Aracaju. “Restou comprovado que o Sindelimp mandava as notas de repúdio para o pessoal da Torre. O pessoal da Torre avaliava e pagava a publicidade”, disse a delegada. “O que a gente detectou é que o Sindelimp estava sendo financiado pela Torre para prejudicar a empresa concorrente, quando o contrato com a Torre já estava suspenso”, enalteceu Danielle Garcia.

Os esclarecimentos foram feitos durante entrevista coletiva concedida pelos delegados Danielle Garcia, coordenadora do Deotap, Gabriel Nogueira e Nádia Flausino, que conduziram a investigação, para explicar o resultado do inquérito policial que culminou com o indiciamento de 14 pessoas, entre elas o presidente do sindicato, Rayvanderson Fernandes, o estagiário do curso de Direito Alexandro Santos, que integra a equipe de assessoria jurídica do Sindelimp, os sócios da empresa Torre Empreendimentos, além de ex-gestores e ex-servidores da Emurb.

O Sindelimp se manifestou por meio do advogado Roberto Góes Filho. O advogado nega qualquer patrocínio da Torre em favor do sindicato. “Não há publicidade do sindicato paga pela Torre. São interpretações [dos delegados] feitas através das conversas [telefônicas] interceptadas”, destaca o advogado. “A defesa não teve acesso às interceptações, mas de plano refuta todas estas interpretações. Apresentamos documentos que provam o contrário do que os delegados interpretaram”, comentou.

Por Cássia Santana

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