Câmara adia votação de meia entrada para comunicadores

Câmara adia votação de meia entrada para comunicadores (Foto: César de Oliveira / Arquivo Infonet)

Vereadora Emília Correia (PEN) é a autora do projeto (Foto: Arquivo Infonet)

Paulo Sousa defende que jornalistas devem ter acesso a cultura (Foto: Portal Infonet)

Ivo Adnil, do Sindicato dos Artistas, se diz preocupado com concessões de benefícios (Foto: Portal Infonet)

Por tabela, com a retirada de quórum por parte da oposição na Câmara Municipal de Vereadores, deixou de ser votada também a proposta da vereadora Emília Correia (PEN), que prevê a concessão de meia-entrada a jornalistas, radialistas e publicitários em eventos culturais.

O projeto de lei, de número 12/2017, defende que os profissionais paguem 50% do valor real de ingressos, que dá acesso a espetáculos musicais, cinemas, circos, teatro e outras atividades sociais e esportivas que agreguem valor cultural. O benefício estaria condicionado à apresentação de registro pelo Ministério do Trabalho ou de vínculo sindical.

A parlamentar idealizadora do projeto, Emília Correia, argumenta que, muitas vezes, cortesias são concedidas a quem pode pagar, e que liberar meia-entrada para comunicadores não traria prejuízos. “Sabemos que os eventos culturais são bem sucedidos por que estes profissionais propagam, divulgam, e não têm ganho algum com isso, algumas vezes sequer o acesso ao evento. Observando a indignidade dos vencimentos, entendi, baseada inclusive na lei federal, que é justa a concessão”.

O jornalista Paulo Sousa, presidente do Sindicato dos Jornalistas de Sergipe (Sindijor), aprovou a ideia, justificando que os jornalistas, principalmente, “precisam de um consumo constante de cultura, dependem muito de conhecimento para formular uma produção jornalística. Como se pode fazer uma matéria, um artigo sobre uma obra sem conhece-la?”.

Atualmente, vinculados ao Sindijor, são cerca de mil jornalistas. Emília Correia falou da possibilidade de aplicar emendas ao projeto, inclusive a de restringir as vendas de meia-entrada a 40% da capacidade.

O presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos do Entretenimento de Sergipe (Sated), Ivo Adnil, revelou posicionamento contrário de artistas e produtores ao PL. “Estamos preocupados com a questão dessas concessões. Isso pode abrir precedentes para que o mesmo processo ocorra com outras categorias. Nossa preocupação é que seja inviabilizado o ‘corredor’ cultural. Isso pode restringir a vinda de artistas para cá, porque muitos são contra”, alega.

O vereador Élber Batalha (PSB) “Com todo o respeito a estas categorias, que são extremamente valorosas, não entendo a razoabilidade. Qual a diferença deles para outros profissionais?”, questiona.

O presidente da Casa legislativa da capital, Nitinho Vitale (PSD), informou que o projeto deve voltar à pauta de votação somente na próxima semana.

Por Victor Siqueira

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