Samu: MPE exige adequações na Central de Regulação

Central de Regulação do Samu volta a ser debatida no MPE (Foto: Cássia Santana/Portal Infonet)

Os problemas detectados na Central de Regulação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) voltaram a ser debatidos em audiência pública realizada no Ministério Público Estadual na manhã desta segunda-feira, 15. De acordo com relatório do Sindicato 192, dos Servidores do Samu, há funcionários com problemas de saúde por “falta de condições ergonômicas ideais no ambiente de trabalho”.

Diante da permanência dos problemas gerados pela inadequações de equipamentos usados pelos funcionários e da própria estrutura física da Central de Regulação, a promotora Euza Missano, da Promotoria dos Direitos à Saúde, concedeu prazo de dez dias úteis para a Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) apresentar cronograma completo, fixando prazos, para a conclusão dos serviços de readaptação da Central de Regulação, que funciona provisoriamente no Siqueira Campos.

De acordo com a representante do Sindicato, Samanta Bicudo, há funcionários doentes em consequência do uso de aparelhos de telefonia fixa, que são inadequados para o tipo de serviço que os operadores desenvolvem para prestação do atendimento a pacientes. “Eles prendem o telefone no ombro para ficar com as mãos livres para fazer as anotações necessárias”, comenta Samanta.

A representante do sindicato também revela que na Central de Regulação não há isolamento acústico, o que facilita que o ambiente de trabalho seja invadido por ruídos externos que causam grandes prejuízos na execução dos serviços. “O ruído é tanto que os operadores muitas vezes não conseguem ouvir o paciente que solicita os serviços por telefone”, considerou a sindicalista.

Ela revela ainda que os monitores não possuem funções específicas para regulagem de altura e de brilho, que todo mobiliário, inclusive as cadeiras para a função de telefonista e operadores de rádio, é inadequado para a atividade e os usuários ainda enfrentam problemas de comunicação devido à deficiência das operadoras de telefonia móvel, que muitas vezes não reconhecem o número 192 [destinado para receber ligações telefônicas de usuários que necessitam do Samu]. A promotora Euza Missano pretende realizar nova audiência pública com participação de representantes das operadoras de telefonia móvel.

O coordenador do Samu, Saulo Sales, informou que todos os procedimentos para as adequações do espaço físico e mobiliário já foram adotados, mas não revelou os prazos para que os serviços sejam efetivamente regularizados de acordo com as normas legais. “Já estamos realizando reunião com arquitetos para ver o que se consegue fazer para readequar o espaço físico para que se tenha um ambiente de trabalho agradável”, considerou.

Por Cássia Santana

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