Servidores poderão voltar à greve a partir de novembro (Foto: Arquivo Infonet) |
Os condutores de ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) poderão voltar ao estado de greve após assembleia que será realizada no próximo dia 31. Representantes do Sindicato dos Condutores de Ambulância do Estado de Sergipe (Sindconam) alegam que o acordo estabelecido com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) junto ao Ministério Publico Estadual (MPE), previsto para entrar em vigência a partir de outubro, não foi cumprido.
Segundo Adilson Melo, presidente do sindicato, o não cumprimento do acordo por parte da SES dá direito à categoria de voltar legalmente à paralisação. “A lei da greve é clara. Nós saímos da greve através do dissídio coletivo, e o acordo firmado dá direito de greve em caso de descumprimento por uma das partes”, diz.
Adilson afirma que os condutores estão atualmente aguardando o fechamento da folha de pagamento. “Já soubemos por fontes lá de dentro que o dinheiro não vai sair, mas ainda assim estamos esperando o mês finalizar para que a categoria se reúna”, explica.
Acordo
O acordo firmado em audiência entre o Sindconam, a Fundação Hospitalar da Saúde (FHS) e a SES no dia 14 de setembro definiu o alinhamento salarial da categoria até 2014, e o reajuste de 12,78% por meio do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV). A assembleia do dia 31, que irá deliberar sobre a volta da greve dos servidores, deverá se realizar às 15h, na sede do sindicato.
SES
Em nota, a SES informou ao Portal Infonet que a implantação das medidas definidas no acordo junto ao Sindconam está em andamento. Segue na íntegra: "A Secretaria de Estado da Saúde esclarece que vem cumprindo rigorosamente a agenda de reuniões no sentido de sistematizar o Plano de Emprego e Remuneração conforme pactuado, inclusive com mudança de categoria e os realinhamentos salariais. 'Vejo qualquer possibilidade de paralisação precipitada. Esse processo está em fase final e com o compromisso de implantar, retroativamente, o Plano a partir de setembro', explica Marcelo Vieira, diretor administrativo e financeiro da Secretaria de Estado da Saúde.
Os sindicatos têm manifestado a preocupação com o atraso mas, por outro lado, têm compreendido que a demora nao tem acontecido por falta de vontade política da gestão. 'O trabalho de negociação ponto a ponto é lento, mas já estamos em fase de conclusão. Será marcada uma nova reunião da mesa de negociação permanente o mais rápido possível para bater o martelo nos planos das três Fundações', conclui Marcelo Vieira".
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