Edvaldo da Graça esteve no MPE pedindo apoio para o caso (Fotos: Portal Infonet) |
A angústia do pintor Edvaldo da Graça na incerteza de que o corpo que foi encaminhado ao IML esta semana seja do seu filho, que nasceu morto no dia 17 de outubro, parece que se encaminha para um desfecho.
Em conversa ao Portal Infonet nesta quarta-feira, dia 31, o procurador da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), Carlos Diego Freitas, informou que a FHS já cogita a possibilidade de realizar o exame de DNA no bebê, como foi reivindicado por Edvaldo da Graça.
De acordo com o procurador, o interesse na realização do exame partiu da própria Fundação. “O feto está lá [IML], o material vai ser colhido, o corpo está à disposição da família e nós provavelmente vamos fazer o exame de DNA. A decisão de colher o material e de fazer o exame foi nossa, antes mesmo de qualquer balburdia, de qualquer insurgência que o senhor Edvaldo tenha feito. Vamos realizar o exame dentro dos trâmites burocráticos que a própria instituição do IML tem como fazer. Nós vamos fazer uma remessa através de um contrato de um convênio que já existe, nós vamos fazer esse encaminhamento”, informa Diego.
Apesar da possível realização do exame de DNA, o procurador da FHS, Diego Freitas, acredita que esse procedimento não seria necessário. “Nós nos comprometemos em fazer a reparação material, em fazer a apuração do caso e responsabilizar o funcionário que cometeu o erro. Fizemos a exumação, substituímos o corpo, o corpo está devidamente identificado e a minha posição é que a realização de exame de DNA é prescindível a instrução do procedimento e reconhecimento do feto, tendo em vista que todos os fatos que nós verificamos se comprovaram. Existem laudos, relatórios técnicos de serviço social, fotos no laudo pericial comprovando que o corpo enterrado estava devidamente identificado como sendo o feto da mulher de seu Edvaldo. Então não existem dúvidas sobre a autenticidade do vínculo entre o feto que nós encontramos e desenterramos e o filho do senhor Edvaldo”, garante.
Procurador diz que o interesse na realização do exame partiu da FHS |
Questionado sobre o prazo para a divulgação do resultado do exame, Diego Freitas, garante que não tem como se precisar. “O exame é realizado fora, não é realizado aqui. Então nós vamos fazer os procedimentos, como já adotamos esses procedimentos, agora essa resposta vai demorar? Provavelmente sim, não posso precisar o prazo, mas se por ventura o senhor Edvaldo ainda assim não quiser retirar o corpo, aguardar o resultado do exame, isso cabe à família avaliar”, explica.
MPE
Nesta quarta-feira, 31, Edvaldo da Graça esteve no Ministério Público Estadual (MPE) para que fosse ouvido pelo promotor de justiça da curadoria da saúde, Fábio Viegas.
Segundo ele, após a intermediação do MPE, é possível que as “injustiças” sejam reparadas. “Estou tranquilo e agora sei que estou sendo bem apoiado e estou mais seguro a seguir em frente. O promotor vai analisar e depois se pronunciará sobre o caso”, afirma.
Desaparecimento
O filho de Edvaldo teria nascido morto no dia 17 de outubro na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, cujo corpo havia desaparecido.
Por Aisla Vasconcelos
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