Samu: Municípios devem arcar com recursos

Audiência aconteceu no MPE (Foto: Portal Infonet)

Em audiência realizada nesta quarta-feira, dia 23, no Ministério Público Estadual (MPE) o diretor geral da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), Marcelo Vieira, relatou sobre a situação dos custos empregados pelo Estado no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Segundo o diretor da FHS, Marcelo Vieira, é preciso que os municípios participem na distribuição dos recursos ofertados para o gerenciamento do SAMU. “Hoje a gente recebe menos de R$ 1 milhão de reais do Ministério da Saúde e gasta R$ 4 milhões, porque tem uma demanda para isso. Infelizmente não se houve a pactuação com os municípios e nós acabamos ficando com todos os custos. Para se corrigir é preciso que haja dois momentos, um é verificar o processo de reestruturação, o que pode representar a racionalização do sistema e apelar para que os municípios possam nos ajudar nesse processo. Fazendo isso, ao longo de 30, 60 dias a gente consegue redesenhar o processo e normalizar o serviço”, explica.

De acordo com o superintendente do SAMU, Saullo Sales, o estado recebe uma parcela dos recursos oriundos do Ministério da Saúde, mas que não dá conta da demanda. “A gente recebe um valor X do Ministério da Saúde, mas é gasto quatro vezes x. A secretária Joélia hoje comentou que os municípios vão ter que pactuar com o estado e que a verba tem que ser tripartide, mas na verdade hoje só o estado que paga”, diz.

Motolâncias

Ainda em audiência, o representante do Samu, Saullo Sales esclareceu que atualmente existem quatro motolâncias em funcionamento na cidade de Aracaju, sendo que segundo ele, o quantitativo necessário seria de no mínimo seis motolâncias para atender a contento toda a demanda da capital.

O Ministério ofereceu um prazo para que a Fundação Hospitalar de Saúde encaminhe ao Ministério Público estudo acerca do quantitativo de motolâncias suficientes para suprir a demanda de atendimento do Samu na capital e interior, bem como a realização de concurso público para preenchimento de cargos.

Por Aisla Vasconcelos