Fila de espera para cirurgias ortopédicas chega a um mês

Segundo pacientes, fila de espera no Hospital Cirurgia é de um mês (Fotos: Arquivo Portal Infonet)

Pacientes em busca de cirurgias ortopédicas continuam encontrando dificuldades para a marcação de procedimentos através do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo usuários do serviço, no Hospital Cirurgia, o prazo mínimo de espera para realização das intervenções ortopédicas é de um mês. Aqueles que aguardam na fila afirmam que a demanda é grande em relação à reduzida quantidade de médicos e estrutura para as cirurgias.

A mãe Katiane Oliveira descreve as dificuldades pelas quais tem passado junto ao seu filho Vinícius, 11, para a marcação de sua cirurgia. “Meu filho apresenta uma má formação no menisco, que fica na articulação do joelho, e há mais de seis meses vem reclamando de dores. Ele anda mancando, e o pé já está ficando torto por causa do problema. No início de janeiro, o médico disse que seria um caso de intervenção cirúrgica, e desde então venho procurando um hospital que realize o procedimento pelo SUS”, relata.

Katiane prossegue com a explicação. “Pedi ajuda a uma amiga que tem acesso aos médicos para me ajudar na marcação no Hospital Cirurgia. Ela disse que iria tentar, mas que eu ia ter que esperar pelo menos um mês, por que é um grande número de pacientes. Estou esperando a resposta ainda nessa semana, e até agora não sei o que fazer se ela não conseguir”, diz.

A peregrinação de Katiane e Vinícius se assemelha ao caso do senhor Edson Gomes, que há quase um ano tenta realizar uma cirurgia ortopédica em decorrência de um acidente de trabalho.

Hospital Cirurgia

Gilberto Santos: número de procedimentos ortopédicos chega a 280 por mês

De acordo com Gilberto Santos, diretor do Hospital Cirurgia, o número de procedimentos cirúrgicos ortopédicos na unidade chega a 280 por mês. “Todos os dias cerca de 20 pacientes são atendidos somente na ortopedia, tão logo o procedimento é marcado no Pronto Socorro. Temos três médicos atuando simultaneamente nessa assistência, diariamente. Não temos como fazer mais do que isso, inclusive por que temos um limite contratual. Mesmo que haja uma grande demanda, fazemos o máximo que podemos”, afirma.