Fórum debate o cenário da saúde no eixo Norte-Nordeste

Representantes de todo o Brasil estiveram presentes a abertura (Fotos: Portal Infonet) Maria do Céu: saúde se desenvolve em Sergipe Roberto Bauer: necessidade de permanência dos profissionais

Representantes de entidades ligadas à saúde de todo o país se reuniram na noite desta quarta-feira, 19, para a abertura do VII Fórum de Conselhos de Saúde Estaduais e Municipais das Capitais de Norte e Nordeste. Com o tema “Norte e Nordeste Unidos SUS Fortalecido”, o evento prossegue até o dia 21 e tem o objetivo de suscitar o debate e mobilizar ações e políticas públicas.

A conselheira Estadual de Sergipe e organizadora do evento, Maria do Céu Vieira, explica que um dos intuitos do Fórum é pautar as regiões Norte e Nordeste no cenário nacional. “Existe uma disparidade muito grande com relação às políticas voltadas ao Norte e ao Nordeste, de um lado, e ao Sul e Sudeste, do outro. As regiões são iguais, as populações são iguais e todos tem direito a um sistema de saúde digno e eficiente”, diz.

Para Maria do Céu, a saúde em Sergipe tem registrado melhorias nos últimos anos. “É verdade que há muito a se fazer, mas é preciso notar que muito tem sido feito também. É preciso que os usuários reconheçam a ação dos hospitais regionais, por exemplo, o grande número de procedimentos cirúrgicos realizados no hospital Cirurgia e no Huse [Hospital de Urgência de Sergipe] mensalmente, entre outros”, registra.

O palestrante Roberto Bauer, do Conselho Estadual de Saúde do Amapá, destaca que uma das principais deficiências do Sistema Único de Saúde (SUS) é a assistência básica nas cidades de menor porte. “Por falta de condições adequadas para se manter, os profissionais da saúde acabam indo embora das pequenas cidades para os grandes centros. Mesmo oferecendo grandes salários, a falta de materiais e a precariedade da estrutura não sustentam o médico no local. Dessa forma, a população fica desassistida”, explica.

O conselheiro afirma que a união entre os fóruns do Norte e do Nordeste surgiu no ano passado, durante a 6ª edição do evento regional nortista. “As cidades do Norte e do Nordeste são as principais penalizadas pelo sistema público de saúde. Portanto, achamos por bem reunir os dois fóruns para promover uma integração e tornar mais efetivas as reivindicações”, relata.