Mulheres ainda tem receio de falar sobre a sexualidade

O seminário foi realizado nesta quarta-feira, 26 (Fotos: Portal Infonet)

Tratar sobre temas que envolve a sexualidade da mulher não é tão simples como parece. Para reverter esse quadro, foi realizado nesta quarta-feira, dia 26, no auditório do Sest/Senat, o V Encontro Temático sobre Saúde da Mulher.

Temas como mitos e práticas sexuais seguras, além de doenças sexualmente transmissíveis foram discutidos durante o seminário que teve como tema “Sexualidade da Mulher Moderna” proferida pela especialista em ginecologia humana, a médica Aline Barreto Centurion Sobral.

De acordo com a médica Aline Barreto Centurion Sobral, apesar de toda a informação quanto ao tema, o receio ainda existe. “Apesar de toda modernidade, a gente percebe que as mulheres tem um certo receio em tocar no assunto. Para isso, vamos fazer uma abordagem bem ampla para falar do histórico da sexualidade, tratar das raízes desses preconceitos, até essa evolução dos tempos atuais", analisa.

A médica Aline Barreto diz que haverá um momento de interação

A médica Aline Barreto acrescenta ainda que a mulher moderna está bem mais informada. “Com o advento da internet, a gente percebe que elas são bem mais participativas e aplicam no dia a dia o que aprenderam. Elas tem mais interesse por diversos temas e vem no consultório já informada”, conta.

O encontro é uma oportunidade das participantes tirar dúvidas e interagir sobre o tema. A dona de casa Eloisa Helena Melo participa pela primeira vez de uma palestra sobre o tema proposto. “Acho importante discutir esse tema que não é muito discutido. Vou ouvir sobre o tema para depois interagir. Estou na expectativa para saber o que vai ser abordado”, diz.

Prevenção

A dona de casa Eloisa Helena diz que aguarda com expectativa a palestra

O evento conta com a parceria dos Programas de Saúde da Mulher e de DST/Aids e Hepatites Virais de Aracaju. Para a coordenadora do Programa Saúde da Mulher, Cristiani Ludmila Borges, a saúde da mulher ainda é um tema que preocupa os órgãos responsáveis.

“O que tem nos preocupado enquanto Secretaria de Saúde é a questão da AIDS, a gente junto com o programa DST/Aids trabalha com indicadores e esses números não tem diminuído, mas aumentado na população jovem. Dentre as nossas cidadãs soropositivas, temos uma organização de mulheres que vivem com AIDS, muitas delas são casadas e contraíram o vírus dentro do casamento, numa relação de fidelidade da parte dela. A gente tem que discutir o assunto sem se cansar. Além do mais, uma vida sexual saudável faz bem para a autoestima de toda a mulher”, conclui.

Por Aisla Vasconcelos