População deve se mobilizar contra Dengue e Chikungunya

População deve intensificar medidas de combate à proliferação dos mosquito (Fotos: SES)

A população sergipana deve estar atenta às medidas de combate à proliferação dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, transmissores da Dengue e Febre Chikungunya, respectivamente. Em Sergipe, foi registrado apenas um caso importado de Febre de Chikungunya (a pessoa já veio com a doença de Feira de Santana, na Bahia, município com grande número de casos confirmados). Esta é a primeira vez que as doenças circulam juntas pelo país.

Como os mosquitos são da mesma família e se reproduzem nos mesmos ambientes, ou seja, locais com água limpa e parada, as medidas de combate à reprodução deles, são parecidas. “São as mesmas medidas que já temos com a Dengue, como o cuidado com a lavagem da lavanderia, lavar e não deixar água acumulada em vasos de plantas e pneus e, ao viajar, não deixar em casa nada que acumule água”, explica a Sidney Sá, gerente do Núcleo de Endemias da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Aedes aegypti e Aedes  Aedes albopictus, tranmissores da Dengue e Febre Chikungunya

A SES, em parceria com os governos municipais, envia brigadas itinerantes aos municípios que sinalizaram risco de surto ou de possível epidemia.  O trabalho dessas brigadas, que ajudam no combate aos mosquitos, é reforçado pela aplicação do carro fumacê, que é usado em períodos críticos nos locais com maior infestação, segundo Sidney Sá.

Apesar das ações, Sidney Sá explica que a população é o principal aliada no combate à proliferação dos mosquitos. "Esta é uma ação que não pode ser parada em nenhum momento. A população pecisa colaborar, pois ela é o maior fiscal nessa tarefa, é quem traz esforços que se somam ao combate", destaca.

De acordo com a SES, o Aedes aegypti está presente nos 75 municípios sergipanos, porém o Aedes albopictus teve a presença confirmada pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) de Sergipe, até o momento, em oito municípios: Areia Branca, Campo do Brito, Aracaju, Itaporanga D’Ajuda, Salgado, Santa Rosa de Lima, Simão Dias e Cristinápolis. O caso importado de Febre Chikungunya citado inicialmente na matéria foi registrado em São Cristóvão.

Sidney Sá explica as medidas de combate

Sintomas

A Dengue e a Febre Chikungunya apresentam algumas sintomas parecidos: dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele.  Apesar disso, as duas têm algumas diferenças fundamentais, segundo explicações do médico Almir Santana. “A Chikungunya promova dores nas articulações que podem durar meses até um ano. Ela não provoca hemorragia e também é menos agressiva e não mata, com exceção dos casos em idosos”, explica.

Além disso, a Dengue tem quatro tipos de vírus, enquando a Chikungunya tem apenas um. “Isso quer dizer que quem pega Febre Chikungunya, fica imunizado e não pega mais. Quem já pegou dengue não está nem menos nem mais vulnerável ao chikungunya”, esclarece Almir Santana.

O médico Almir Santana fala dos sintomas das doenças

Dados

Segundo dados do Núcleo de Endemias da SES, de janeiro até primeira semana de dezembro de 2014, foram notificados 3.997 casos de Dengue, com 1.899 confirmações e 04 óbitos.

Ainda no período, os 10 municípios que mais notificaram casos de Dengue foram: Aracaju (1673 notificações e 853 confirmações), Itabaianinha (502 notificações e 434 confirmações), Nossa Senhora do Socorro (400 notificações e 116 confirmações), Barra dos Coqueiros (213 notificações e 69 confirmações), Estância (163 notificações e 29 confirmações), São Cristovão (160 notificações e 101 confirmações), Tobias Barreto (93 notificações e 06 confirmações), Umbaúba (55 notificações e 17 confirmações), Neópolis (50 notificações e 29 confirmações), Carmópolis (45 notificações e 23 confirmações).

Os 4 óbitos registrados foram nos municípios de Aracaju, Poço Redondo, São Cristóvão e Umbaúba.

Por Verlane Estácio com informações da SES