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Paciente morreu no Huse (Foto: Arquivo Portal Infonet) |
O Estado está condenado a pagar mais de R$ 220 mil em indenizações às três filhas da professora Ana Brasil, atingida por uma bala perdida no dia 12 de maio de 2009, em Aracaju. O advogado Wilson Barroso apresentou provas, acatadas pelo Poder Judiciário, que, conforme frisou, constatam a negligência e imperícia médica durante o período em que a professora permaneceu internada no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse).
O advogado explicou que o projétil perfurou o intestino e o baço da vítima, mas os médicos realizaram cirurgia apenas no intestino e deixaram o baço perfurado, trazendo várias complicações à saúde da professora. “Eles fizeram a cirurgia no intestino, mas o baço continuou aberto e a paciente fazendo transfusão de sangue. Só na segunda cirurgia é que eles perceberam isso. Já era tarde, houve infecção generalizada em razão do erro da primeira cirurgia e ela faleceu”, explica o advogado. “Há laudos que constatam isso no processo. Se a cirurgia do baço fosse realizada no primeiro momento, ela teria escapado”.
O Estado de Sergipe recorreu na decisão da primeira instância, que fixou o valor da indenização em R$ 50 mil para cada uma das três filhas de Ana Brasil, mas não conseguiu êxito, prevalecendo a decisão de primeira instância, assinada pelo juiz Marcos de Oliveira Pinto, da 12ª Vara Cível no dia 26 de junho de 2011.
O processo já foi transformado em precatório, expedido no dia 30 de abril do ano passado, fixado no montante de R$ 220.797,54, tido como prioritário. Mas o Estado não tem prazos para efetuar o pagamento e as três irmãs permanecem aguardando.
Alvo errado
No atentado, o alvo seria o comerciante Eliaquias Acioli dos Santos, mais conhecido como Acioli da Farmácia, que também foi atingido, mas sobreviveu.
Por Cássia Santana