Hanseníase: detecção e tratamento têm que ser precoce

Mércia Feitosa, coordenadora do Núcleo de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Estado da Saúde (Foto: SES)

Hanseníase é uma doença crônica e infectocontagiosa que atinge os nervos periféricos, podendo levar a incapacidades físicas. Causada por um bacilo, é transmitida de uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para outra pessoa saudável. Quando detectada e tratada precocemente tem cura.

Os principais sintomas da doença são manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele com diminuição da sensibilidade ao calor, frio, dor e ao toque. Em alguns casos, surgem caroços e placas em qualquer local do corpo e diminuição da força muscular.

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Mércia Feitosa, a Hanseníase é uma doença que se tratada no início tem mais chances de cura e o tratamento, incluindo os medicamentos, é ofertado gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

“Após iniciado o tratamento, a pessoa para de transmitir a doença quase que imediatamente. Quanto antes houver o diagnóstico, mais rápida e fácil pode ser a cura da doença. A orientação é que as pessoas procurem o serviço de saúde assim que perceberem o aparecimento de manchas, de qualquer cor, em qualquer parte do corpo, principalmente se ela apresentar diminuição de sensibilidade ao calor e ao toque”, disse Mércia Feitosa.

A coordenadora ainda alerta que os pais e responsáveis devem ficar atentos as manchas no corpo das crianças. “Quando há muita incidência da doença em crianças menores de quinze anos, é sinal que o bacilo está com grande circulação naquela localidade. Por isso, é importante que os pais procurem sempre observar seus filhos, pois assim que iniciarem o tratamento a cadeia de transmissão é interrompida”, alertou a coordenadora.  

As equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) também têm a missão de fazer a busca ativa dos casos para tratamento. A Secretaria de Estado da Saúde já planejou uma série de ações para fortalecer os municípios no desenvolvimento dessas ações. Entre elas estão a estratégia da ficha de autoimagem e investir na qualificação dos profissionais da Atenção Básica, onde são detectados primeiramente os casos novos.
 
“Com desenvolvimento dessas ações vamos ter um aumento do número de casos de Hanseníase registrados em Sergipe. Se conseguirmos identificar mais casos, mais pessoas serão tratadas e a doença será eliminada. Nosso objetivo é a detecção e diagnóstico da doença”, explicou Mércia Feitosa.

Hanseníase em números

Segundo a coordenadora, são detectados anualmente, em Sergipe, aproximadamente 400 novos casos da doença.
"Em 2012 eram detectados 2,3 casos para cada 10 mil habitantes, em 2013 a taxa foi de 1,8 mil e os dados ainda preliminares de 2014 apontam 1,7 mil. A taxa ideal é de um caso para cada 10 mil habitantes. Há um decréscimo nas detecções da doença, mas ainda há municípios que não nos informaram os dados da Hanseníase, por isso, a importância de fortalecer as ações de diagnóstico da doença", disse Mércia Feitosa.

Campanha contra a Hanseníase

A Campanha contra a Hanseníase do Ministério da Saúde foi realizada junto com a das Geohelmintíases (verminoses). A ação teve como objetivo investigar os sinais e os sintomas da Hanseníase em 70% dos estudantes da rede pública e Sergipe ultrapassou a meta atingindo 76% dos estudantes. Entre os 75 municípios, somente Itabi não realizou a campanha e apenas 20 municípios não alcançaram a meta.

Fonte: SES

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