Dengue: Saúde capacita profissionais de Neópolis

Dengue: Saúde capacita profissionais de Neópolis (Foto: SES)

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) capacitou profissionais da Atenção Básica do município de Neópolis sobre a Dengue e a Febre Chikungunya. Na capacitação foram abordados o diagnóstico das doenças e a assistência aos pacientes, bem como o acompanhamento deles e a identificação de casos suspeitos.

De acordo com o médico infectologista da da SES, Marco Aurélio Góes, houve uma atenção especial para os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) na capacitação. "Discutimos a importância que os Agentes Comunitários de Saúde têm na assistência aos pacientes, dentro do seu território de atuação. Eles precisam conhecer os sinais e sintomas da  Dengue ou com Febre Chikungunya, visto que são eles que estão em contato mais direto com a comunidade em suas visitas diárias. Conhecendo melhor os sinais e sintomas esses profissionais, que compõe a as equipes de Estratégia de Saúde da Família, terão um olhar diferenciado e conseguirá identificar casos suspeitos mais cedo encaminhando-os para as Unidades Básicas de Saúde", disse o técnico da SES.

"Com os médicos e profissionais de enfermagem discutimos como eles devem assistir e acompanhar os casos e falamos sobre os pontos críticos que podem ter os pacientes", complementou Marco Aurélio Góes.

Neópolis registrou, este ano, um óbito por Dengue.  Desde o início do mês que supervisores regionais da Brigada Itinerante de combate à dengue coordenam o trabalho dos agentes de endemias do município na busca e destruição dos criadouros dos mosquitos Aedes Aegypti, transmissor da Dengue, e do Aedes Albopictus , transmissor da Febre Chikungunya.

Outra ação da SES presente no município é a disponibilização do Carro Fumacê, que está atuando em cinco ciclos na sede do município e no povoado Mussuípe. O terceiro ciclo terá início no próximo dia 09/02 e finda no dia 11/02. Após o carnaval, haverá o quarto ciclo entre os dias 23/02 e 25/02 e o quinto entre os dias 02/03 e 04/03.

"Os resultados das ações que estamos desenvolvendo em Neópolis têm sido positivos, pois não surgiram novos casos. Isso mostra que quando há trabalho, não há aumento dos casos da doença. Precisamos também da parceria da população, que deve observar os locais e objetos nos imóveis que possam acumular água e tornarem-se criadouros dos mosquitos", disse Sidney Sá, coordenadora do Núcleo de Endemias da SES.

A coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Neópólis, Laíse Vasco Dantas Melo, classificou o apoio da SES às ações do município como importantes. "Essas ações estão contribuindo muito conosco, pois estamos aprendendo mais sobre as questões da dengue. Isso vai ajudar na melhoria das ações de prevenção e da assistência dos pacientes na Atenção Básica", afirmou a coordenadora.

Dengue em números

Este ano em Sergipe já foram notificados 407 casos de dengue e 118 foram confirmados. Dois foram de dengue grave e um óbito. O Levantamento Rápido de Índice de Infestação (LIRAa), realizado entre 05 e 09 de janeiro de 2015, apontou nove municípios com alto risco de infestação do mosquito. Os que apresentam médio risco são 33 no total e 11 estão com baixo risco.

Os que estão em alto risco são: Simão Dias (10%), Pedrinhas (6,3%), Nossa Senhora da Glória (5,9%), Itabaianinha (5,8%), Cristinápolis (5,8%), Siriri (5,3%), Carira (5%), São Cristóvão (4,7%) e Aquidabã (4,2%).

Aqueles com médio risco são: Campo do Brito (3,9%), Tobias Barreto (3,8%), Feira Nova (3,7%), Nossa Senhora das Dores (3,5%), Cedro de São João (3,4%), Porto da Folha (3,3%), Monte Alegre (3,2%),  Riachuelo (3%), Moita Bonita (2,9%), Maruim (2,8%), Lagarto (2,8%),Carmópolis (2,1%), Japoatã (2,1%), Umbaúba (2%), Neópolis (2%), Ribeirópolis (1,9%), Tomar do Geru (1,9%), Areia Branca (1,7%), Boquim (1,7%), Frei Paulo (1,6%), Itabaiana (1,6%), Laranjeiras (1,6%), Propriá (1,5%), Poço Verde (1,4%), Santana do São Francisco (1,4%), Malhador (1,4%), Capela (1,4%), Aracaju (1,3%), Barra dos Coqueiros (1,3%), Santo Amaro das Brotas (1,3%), Salgado (1,2%), Poço Redondo (1,2%) e Nossa Senhora Aparecida (1,1%).

Os 11 que estão em baixo risco são: Estância (0,9%), São Domingos (0,9%), Arauá (0,9%), Rosário do Catete (0,8%), Itaporanga D'Ajuda (0,7%), Nossa Senhora do Socorro (0,6%), Pinhão (0,5%), Pirambu (0,4%), Japaratuba (0,3%), Canindé do São Francisco (0%) e Indiaroba (0%).

Fonte: SES