O poeta grita ajuda Não consegue segurar a pena O desgosto tomou-lhe a alma Como o vento leva a areia. Os dedos pedem consolo Ao cigarro esfumaçado Como tragadas de veneno Diz-se relaxado A cabeça necessita remédio Para os pensamentos negativos Que dia a dia se arrastam Como bichos famintos. As pernas escapam o chão Querem um suporte Não aguentam o peso da vida Muitos menos da morte. A serenidade aceita a loucura Sendo mais fácil assim Correndo livre sem roupa Pelo mato rosa de um jardim. Por Gabriella Coutinho