Sulanca mistura os ritmos folclóricos de Sergipe no Punka

Cacumbi, samba de coco, bacamartes, reisado. Uma pitada de um ritmo aqui, outra acolá. É essa a receita do som da Sulanca. Desde 1997, a banda faz uma música que mescla ritmos folclóricos do menor Estado brasileiro e mostra para o resto do país. Tudo é feito com base em pesquisas acerca da cultura popular sergipana. “A gente vai fazendo fusões, e gera um novo ritmo folclórico. A gente quer pegar, beber e transformar”, afirma Jorge Ducci, vocalista.

 

Da formação atual, apenas dois não lidam com instrumentos de percussão. Além de Ducci, Júlio, caixa e bateria, Ciborg, percussão e vocal, Tom, percussão, Pequeno, percussão e tambores, Rafael Jr., tambores, dão conta desse elemento fundamental na banda. Márcio, contrabaixo, e Yuri, guitarra, completam o time. A Sulanca está com um disco novo, o Megafone, pronto para ser lançado, e faz uma apresentação no diz 22, no Punka. Jorge Ducci fala um pouco sobre o grupo, o CD, o show e o cenário musical de Sergipe na entrevista a seguir.

 

PORTAL INFONET – Como foi a concepção da Sulanca?

JORGE DUCCI – A Sulanca vem trabalhando desde 97, pesquisando o folclore sergipano, que é uma das coisas da qual a gente não abriu mão até agora. A gente faz uma coisa centrada na cultura sergipana, todos os ritmos que a gente utiliza nos discos e nos shows são todos sergipanos, as roupas também seguem essa temática, a gente faz um mix. O objetivo da gente é esse, mostrar sergipanidade naquilo que a gente está fazendo.

 

INFONET – Como você vê a produção musical no Estado hoje?

JD – Sergipe está num grande momento, só falta a galera sair…tem muita gente fazendo coisas muito boas. Tem a Naurêa, a gente mesmo está com um trabalho interessante, tem a Reação, com o reggae, tem a Snooze, tem Alapada, Java, são trabalhos que não estão devendo nada para ninguém. Se chegar no Sul e no Sudeste, pode emplacar sim. O nosso Estado está muito distante da grande mídia, daí a gente não tem o acesso ao eixo Rio-São Paulo, onde tudo funciona. Ou você vai para lá, ou você fica fora da cena.

 

INFONET – Fala para a gente um pouco sobre o “Megafone”, o novo trabalho da Sulanca.

JD – O disco tem 14 faixas, e é o resultado de toda a pesquisa que a gente vem fazendo. No disco, a gente vem explicando cada batida, o grupo ao qual ela pertence, em que local foi pesquisado, tem a apresentação da professora Aglaé Fontes. A gente está querendo mostrar no CD o cruzamento de batidas folclóricas sergipanas. A gente pega uma batida de cacumbi, mistura com o reisado, com o bacamarteiro, e vai fazendo essas fusões rítmicas, e gera um novo ritmo folclórico.

 

INFONET – Quais os projetos para este ano?

JD – O CD já era para estar aqui, estamos esperando chegar. Se chegar a tempo, a gente já faz um pré-lançamento no Punka. Se não der, dia 1 de novembro, a gente vai fazer um show lá no farol, a gente começa a lançar por ali. Depois a gente vai fazer um lançamento no Teatro Tobias Barreto, para a imprensa toda, colaboradores e parceiros no CD. Daí vem Rua da Cultura, Festival de Verão, e tentar ver shows em São Paulo, os festivais aqui mesmo no Nordeste.

 

INFONET – O que você acha de iniciativas como a do Punka? O que vocês estão preparando para o show do dia 22?

JD – A gente já vai mostrar para o público as músicas do disco novo. Eu acho que Aracaju ainda precisa de muitos festivais como o Punka, porque é a partir daí que a cena vai ser fortalecida, as bandas vão ser estimuladas a produzir mais. O Punka vem com essa força de agregar as bandas e fazer essa mostra, num momento importante, Aracaju está num bom momento. Eu, em 25 anos de música, acho que o melhor momento musical que Sergipe está vivendo é esse. O que falta é a grande mídia perceber Aracaju.

 

Por Najara Lima

 

Mais informações: www.punka.com.br

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