Murmúrios do penar – por Gustavo Aragão

Ressoa, agora, no infinito

De minha alma, um grito

de alma partida ao meio.

 

Tomo da pena

E inspiro-me num olhar sem canto,

Sem viço,

Que se dispersa 

Do brilho da lua

E que muito lúgubre flutua num vazio

e se enegrece

diante da dor que o cega

 

Ai…

Dói a dor de um amor

Sem o mor,

De um calor sem corpo,

De um toque que toca o vento,

De uma estrela sem o brilho,

De um luar sem noite e sem luz

Como dói esta dor tão doída

De uma ilusão perdida,

Dentro de um mundo só meu,

Desnudado pelo tamanho da agonia

Que o desfigura

 

Ai… como dói a dor

desse sentimento,

que continuo a sentir,

mas que finjo não tê-lo

por me ter sido imposta

a vontade de não mais senti-lo.

 

Ai…

As lágrimas que inundam minh’ alma e

minha face perdidas

 

Ai… dor imensurável, perdida no tempo. Por que te sinto?

Por que te sinto queimando

Meu eu dolente

 

Doente…

Pareço estar dormente, num mar

Perdido, feito uma nau,

Em noite tempestiva,

Sem luar,

Sem mar,

Sem a mar.

Como dói essa dor

Que só quem sabe ouvir estrelas,

Reconhece e pode beijar.

Por Gustavo Aragão

Todos os direitos autorais estão reservados ao autor, perante a lei de Direitos autorais. Ficam vedadas as reproduções parcial e total do conteúdo aqui presente sem a autorização prévia do autor.

Visite o site do autor: www.infonet.com.br/gustavoaragao
 
 

 

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