NINA

Brasil, 2004. Direção de Heitor Dhalia. Roteiro de Marçal Aquino e Dhalia. Produção de Caio Gullane e Fabiano Gullane. Música de Antônio Pinto. Direção de Fotografia: José Roberto Eliezer. Direção de Arte: Akira Goto e Guta Carvalho. Edição de Estevan Santos. 85 min. Cia. Produtora: Gullane Films. Distr. no Brasil: Columbia Tristar do Brasil. Elenco: Guta Stresser, Myriam Muniz, Sabrina Greve, Luiza Mariani, Juliana Galdino, Guilerme Weber, Abrahão Farc, Wagner Moura, Selton Mello, Renata Sorrah, Lázaro Ramos, Matheus Nachtergaele, Ailton Graça, Anderson Faganello, Walter Portela, Nivaldo Todaro.

Gênero: Drama

Sinopse – Nina é uma jovem de sensibilidade agudíssima, e mente fragilizada, que procura meios de sobrevivência numa metrópole desumana. A proprietária do apartamento onde mora, Dona Eulália, uma velha mesquinha e exploradora, parece ter prazer em esmagar a vontade de sua inquilina exaurida. Em meios aos desenhos que faz em toda a parte, e vivendo a agitada cena eletrônica de São Paulo, Nina mergulha nos fantasmas de seu inconsciente até acabar envolvida em um crime.

Apreciação – Construído aos moldes do cinema noir dos anos 40 e 50, em Hollywood e, sem dúvida, inspirado nos filmes de Roger Corman dos anos 60, “Nina” peca, porém, por um roteiro fragilizado que deixa uma série de buracos que o espectador tem que tentar explicar por vontade própria. É bem verdade que o papel da velhinha maldosa pode ter sido extraído de “Tia Danielle”, o belo filme francês sobre uma velhinha má, maldosa mesmo. Mas a personagem principal, Nina, parece arrancado dos primeiros filmes de Anna Karina. A Nina é uma personagem francesa, com certeza. Não vamos contá-lo, mas o final de “Nina” decepciona um pouco. Bem que poderia ser um final menos feliz…

Fique de Olho – Nos cenários do filme. O material foi adquirido em demolições. Mas o resultado na tela é muito bonito.