Audiência pública na Câmara discute perigos de fake news

Audiência pública na Câmara de Vereadores discute o problema das notícias falsas (Fotos: Portal Infonet)

A jornalista e professora Juliana Almeida dá dicas para reconhecer as fake news

Uma audiência pública na Câmara de Vereadores discutiu o problema da proliferação de notícias falsas – fake news – na internet e os prejuízos que este tipo de informações provoca para o receptor e formação de opinião pública. O debate aconteceu entre jornalistas e vereadores na manhã desta segunda-feira, 9.

A jornalista e professora universitária Juliana Almeida explicou que o processo de divulgação de notícias falsas não é novo. “Isso sempre existiu, sempre se plantou. A grande questão hoje é a velocidade em que elas se propagam, justamente pela cultura do compartilhamento. As novas tecnologias possibilitam essa liberação do polo emissor. As pessoas podem produzir, elas compartilham e não precisam da intermediação da imprensa para se informar ou propagar este tipo de informação. É um problema sério, que precisamos pensar não só enquanto categoria, mas também quanto sociedade”, alertou.

O jornalista e marqueteiro eleitoral Cícero Mendes contou que este tipo de conteúdo pode afetar a corrida eleitoral. “Uma pesquisa da Universidade de São Paulo revela que 12 milhões de pessoas já compartilharam notícias falsas no Brasil. As maiores vítimas hoje são os políticos. Estamos em um processo eleitoral. Por conta das pesquisas, já existem bunkers, estruturas montadas para se fazer fake news contra candidatos. Essas informações circulam mais no WhatsApp, que é popular, rápido, fácil, gratuito e difícil monitoramento”.

Cícero Mendes: "12 milhões de pessoas compartilham notícias falsas no Brasil, segundo a USP"

Paulo Sousa diz que  o ideal é procurar veículos de comunicação de credibilidade 

O presidente do Sindicato dos Jornalistas de Sergipe (Sindijor), Paulo Sousa, aponta que procurar veículos de comunicação de credibilidade é um importante recurso para escapar das notícias falsas e consumir conteúdos verdadeiros. “Quando se tem notícia produzida por pessoas preparadas e qualificadas, ela chega a pessoa com credibilidade. É preciso que a população tenha cuidado. Um dos pontos que ela deve abordar é saber se a notícia está em outros veículos jornalísticos. É aí que entra a importância de alguém com diploma em jornalismo: a sociedade terá a tranquilidade em saber que a informação chega com o máximo possível de veracidade”, recomenda.

O vereador Lucas Aribé, que também é jornalista, “As pessoas muitas vezes são influenciadas por informações que saem de um computador ou celular, e que é compartilhado de forma incontrolável. A pessoa deve checar as fontes, ver se é confiável. Todo cuidado é pouco, estamos em uma fase dificílima no país, e as pessoas se aproveitam disso para criar notícias falsas. Que tomem cuidado e busquem fontes fidedignas para se informar. A grande busca hoje, em termos de poder, é pela informação”.

Lucas Aribé, além de vereador, é jornalista e reconheceu a importância da informação

Como reconhecer

A jornalista Juliana Almeida conta alguns dos sinais de que uma notícia é falsa. “Geralmente possuem um conteúdo apelativo, sensacionalista, para chamar atenção. Temos notícias que são 100% falsas ou até que são verdadeiras, mas deturpadas de tal modo que se tornam falsas. Verificar a fonte, desconfiar de erros de português, do texto e juízos de valor. A pessoa tem também que procurar outras formas de se informar. Se vir aquela informação em tal site e não vir em outro lugar, certamente é fake”, finalizou.

Por Victor Siqueira

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