Internet e omissão são desafios no combate a pedofilia

Operação contra pedofilia ocorreu nesta sexta (Foto: SSP/SE)

A Operação Luz da Infãncia 2, contra abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, ocorrida em todo país nesta quinta-feira, 17, foi concluída com um saldo de 197 presos e milhões de gigabytes apreendidos contendo pornografia infantil. Em Sergipe, foram sete presos na operação policial. Os números, de imediato, retratam que o tipo de crime está longe de ser erradicado. E, para  muitas autoridades, isso é fruto da omissão da sociedade e das vulnerabilidades do ambiente digital.

“Dentro do campo da violência temos o abuso e a exploração. O abuso acontece, em muitas vezes, dentro de casa ou na vizinhança. A internet é outro desafio estúpido. Ontem tivemos o exemplo claro. O uso da internet é salutar, mas, ao mesmo tempo, representa um risco. Eu sempre friso: encontrar uma criança num pronto de vulnerabilidade, com indícios de exploração sexual, é preciso notificar. A sociedade tem a obrigação de denunciar, tá previso na constituição, no Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca). A comunidade tem obrigação de proteger as crianças”, reflete a promotora de justiça Míriam Teresa Machado, do Centro de Apoio Operacional da Infância e Adolescência do Ministério Público de Sergipe.

Promotora destaca importância da denúncia

A promotora participou nesta sexta-feira, 18, do evento do Ministério Público para marcar o dia de combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Ela explica que a persecução penal dos acusados é importante, mas reitera o dever das autoridades em agir no modo preventivo. “No Centro de Apoio nós trabalhamos com a prevenção, a proteção, o antes da agressão. Nós atendemos, buscamos o sistema de garantia dos direitos, transferimos para um dos atores do sistema de garantia dos direitos para que adote as providências”, destaca.

Anderson: criança deve ser centrelizada como vítima e dever de protegê-la

Pensamento consoante do especialista Anderson Nascimento, do coletivo Cidade Ativa, que também participou do evento. “É sempre uma data importante, um marco do enfrentamento. O desafio é de fato fazer da denúncia como um momento importante e necessário para que hajam mais ações de combate, como as ações policiais. Além disso, claro, é centralizar a criança e adolescente nesse processo. Sempre olhar para a criança como um ser a ser protegido”, pontuou.

Por Ícaro Novaes 

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