O hábito de dar uma interpretação particular à música popular brasileira fez nascer o CD “Emepebeando”, do aracajuano Sílvio Rocha, que vive entre a música e a fotografia. O lançamento do CD acontece no próximo dia 3, quinta-feira, às 22 horas, na casa de shows La Ventana. “Emepebeando” traz um repertório de 18 músicas selecionadas a partir da reação do público durante as apresentações do intérprete. O CD proporciona uma viagem pelos ritmos regionais, sempre marcantes na carreira de Sílvio Rocha. “Quando comecei a tocar, bateu um estalo: é isso que eu quero gravar, uma coisa bem acústica, com um repertório variado, onde estejam inseridos a sanfona, o baixo, o violão e a percussão, principalmente a sanfona”, revela Sílvio Rocha, depois de ter dado uma “canja” durante a apresentação de um amigo. As músicas selecionadas vão desde o forró tradicional de Luiz Gonzaga até o rock pop dos Titãs e Lulu Santos, passando por Fagner, Zé Ramalho, Gilberto Gil e outros. A idéia de inserir instrumentos regionais, como sanfona e zabumba, é um apelo mais emocional que técnico, além de uma distinção musical. É também uma síntese da vocação do artista atento à simplicidade da cultura popular. CARREIRA – Sílvio Rocha começou quando ainda ouvia encantado o som avassalador do sax tenor de seu pai, Argemiro Ribeiro Oliveira, nos ensaios solo das tardes em casa. Nos anos 80, Sílvio já se apresentava nos programas de televisão, como o de Luiz Trindade, João de Barros e Hilton Lopes. Depois o intérprete partiu para os bares de Aracaju, Salvador e hotéis-fazenda em Teresópolis (RJ). “Comecei na antiga Cabana, dá passei a tocar em quase todos os bares aracajuanos, que tinha música ao vivo”, diz Sílvio. O primeiro CD de Sílvio Rocha, “Brasa Brasil”, foi gravado em 1992, ainda em vinil, com oito faixas, entre elas várias músicas de sua autoria. Sílvio também fez shows nos festivais de arte de São Cristóvão, Laranjeiras, nas festas juninas dos Estados de Sergipe e Alagoas e recebeu troféu destaque de melhor cantor da noite aracajuana de 1997e 1998. Por Márcia Santos
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