Corregedor indicia delegada e mais seis pessoas no caso da fuga de Floro Calheiros

Após quase três meses de investigações, nas quais ouviu 59 pessoas e monitorou dezenas de telefones, o corregedor da Polícia Civil, Abelardo Inácio Silva apresentou para a imprensa, na manhã de hoje, o relatório sobre a fuga de Floro Calheiros, ocorrida no dia 2 de julho. Em sua conclusão, Abelardo Inácio decidiu pelo indiciamento de sete pessoas. São elas: Meyre Mansuet Campos Belfort, que era a delegada titular da 1ª Delegacia, local onde o preso estava detido; os policiais José Raimundo de Oliveira, Antônio Assis da Silva, Eliene Silva de Oliveira – a Lico – e José Hélio de Oliveira Almeida; além de Petrúcio Pereira Gomes e Francisca Calheiros Barbosa Marinho (irmã de Floro). No documento da Corregedoria, os indiciados são acusados de cometer diversos crimes, como facilitação de fuga, corrupção, condescendência criminosa e porte ilegal de arma (neste caso refere-se a um colete e uma pistola que teriam sido fornecidos a Floro Calheiros). O relatório foi apresentado após o secretário de Segurança Pública, Luiz Mendonça, ter exposto o plano de segurança pública para o Estado e, também, ter garantido que estará abrindo as portas da SSP para esclarecer qualquer questionamento. “Qualquer dúvida que existir sobre os processos e investigações, sobre todo o trabalho da Secretaria, nos seus mais variados segmentos, devem ser transparentes. Estamos preparados e prontos para responder todo e qualquer questionamento”, garantiu o secretário. Por sua vez, visivelmente contrariado por fazer a divulgação do relatório em uma coletiva para a imprensa, pouco antes de começar a destrinchar detalhes do calhamaço de 40 páginas – resumo dos 17 volumes que serão encaminhados a Justiça -, Abelardo Inácio afirmou que lhe desagravada o espetáculo armado. “Foi de difícil envergadura essa investigação. Mas nós trouxemos, e eu não queria que fosse em um circo desse, para a sociedade sergipana, o resultado do que pudemos apurar daquele evento”, explicou o corregedor. Nos autos da investigação, segundo o corregedor, existe uma série de depoimentos de policiais que declaram as regalias que Floro Calheiros tinha na delegacia. Durante a entrevista, Inácio informou que Calheiros passeava livremente pelo prédio da 1ª Delegacia Metropolitana. “Na verdade, a delegacia se transformou no escritório particular de Floro Calheiros. Era onde ele tinha livre acesso para telefonar no horário que quisesse, para quem quisesse”, descreveu o corregedor. Entre os privilégios gozados pelo preso, e que a imprensa já havia noticiado na época, estava o fato dele ter direito a colchão e lençóis especiais, alimentação vinda de restaurante, visitas de uma suposta garota de programa, além de celulares e, segundo policiais que prestaram depoimento na Corregedoria, o porte de um colete à prova de balas e uma pistola. Ligações perigosas Como a fuga aconteceu

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