A caixa preta do avião Airbus A-320 da TAM foi encontrada nesta madrugada e segue para análise de especialistas. O inquérito sobre o acidente com o vôo 3054 da TAM será instaurado nesta quarta-feira, 18, segundo o procurador-geral de Justiça do Estado, Rodrigo Pinho. A Aeronáutica abriu investigações, logo após o acidente, conduzidas pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa).
A falta de aderência da pista é a causa mais provável do acidente. A opinião é do presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Transporte Aéreo (SBTA), Anderson Correia. “Esse aeroporto, como todos sabem, tem uma certa limitação, tanto no tamanho quanto na qualidade da pista”, afirma.
A pista em que ocorreu o acidente havia sido liberada após reforma há pouco mais de duas semanas. A liberação ocorreu antes que estivessem prontas as obras para aumentar a aderência do asfalto com os pneus de aviões. Essa parte da reforma estava sendo feita durante a madrugada e só ficaria pronta em setembro. O especialista em aviação civil e comercial Valtécio Alencar considera “crítica” a liberação da pista antes da conclusão da obra.
Anderson Correia defende que Congonhas seja fechado para aviões de grande porte. Segundo ele, o aeroporto não tem condições mínimas de segurança para esse tipo de vôo. A redução das linhas que passam por Congonhas estava em estudo pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Acidente
Durante o pouso, o avião da TAM atravessou a pista, passou pelo final do aeroporto e colidiu com um terminal de cargas da TAM, do outro lado da avenida Washington Luis, em frente a Congonhas. Parentes de vítimas reclamam do atraso da empresa na divulgação de informações.
O Airbus 320, que transportava cerca de 180 passageiros e tripulantes, decolou de Porto Alegre às 17h16, com destino a Congonhas, sem escala. Havia previsão de pousar às 18h50. A TAM disponibilizou uma linha telefônica gratuita para familiares dos passageiros e tripulantes: 0800 117900. A linha faz parte do Programa de Assistência às Vítimas e Familiares da empresa.
Fonte: Agência Brasil