Muitos passageiros que foram embarcar na tarde de hoje, 18, no aeroporto de Aracaju se mostraram tranquilos em viajar de avião, após o acidente aéreo com a aeronave da TAM ocorrido no início da noite de ontem, 17, no aeroporto de Congonhas (São Paulo). Marcos Miranda
O analista de sistemas, Marcos Miranda, que está de retorno à Brasília (DF) juntamente com a família, coloca que está tranqüilo quanto à viagem de volta para casa. “É claro que nada poderá acontecer. A probabilidade de que dois aviões sofram acidentes deste nível em pouco tempo é mínima. Na minha família quem está nervosa é minha mulher que não gosta de viajar. Mas tudo irá ocorrer bem”.
Dois vôos eram esperados para a tarde desta quarta-feira, 18. Um com destino para o Rio de Janeiro e outro para Brasília. Como o prazo limite para que seja determinado atraso de vôo é de uma hora, ambos estavam no limite de operação.
O técnico de som, Ivan Souza, analisa quais os fatores que causaram o acidente em São Paulo. “Evidente que todos ficamos perplexos com a situação que de certa forma não foi por falha humana. Mas ainda é o meio mais seguro de viajar. As pessoas ficam com traumas, outras imediatamente que entram no avião irão lembrar do fato. Mas o importante é manter a tranqüilidade”, explica. Ivan Souza
Quem também estavam para embarcar no aeroporto de Aracaju eram alguns secretários de Estado que embarcariam para o Rio de Janeiro. Antes de embarcar o secretário de Estado da Infra-estrutura, Osvaldo Nascimento, comentou sobre o fato do acidente em Congonhas. “Há uma grande dor nacional. Aquele episódio serve para que seja mais bem analisada a prevenção de acidentes nos aeroportos”.
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Gilnei Vidigal |
Já o governador do Estado, Marcelo Déda (PT), acredita que a proteção divina é o maior fator de estabilidade emocional para as suas viagens. “Acredito na proteção de Deus. Devido a minha profissão as viagens fazem parte do meu roteiro. Nesse momento tenho que acreditar que vai dar tudo certo. E espero que essa tragédia de ontem nunca mais se repita”.
Aeroporto seguro
De acordo com o superintendente em exercício da Infraero em Sergipe, Gilnei Vidigal, ainda é prematuro passar mais informações sobre o fato ocorrido. Além de expor que o aeroporto sergipano é muito preparado para casos parecidos.
“Problemas ocorriam na década de 80, mas assim mesmo esses pontos estruturais já foram recuperados com o passar das décadas. Não há nenhum tipo de problema no nosso aeroporto. E nem há necessidade de medo”, comenta. Ele colocou ainda que no mês de outubro será realizado um treinamento em parceria entre a Infraero, militares, hospitais e civis como forma de qualificação em questões acidentais.