Sede do Gmar na Orla
Com o aumento do número de banhistas nas praias, rios e açudes, por conta da estação mais quente do ano, cresce também a preocupação do Grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros (Gmar) com a segurança dessas pessoas. Os saldos de afogamentos nesses primeiros dias do ano revelam o perigo da correnteza das águas associadas à falta de atenção e cuidado da população. Só em 2008, no Instituto Médico Legal (IML), foram registrados cerca de 20 casos de afogamentos em todo o Estado, três só neste fim de semana, um deles envolvendo um criança na praia da Cauieira.
Em Aracaju, foi registrado até agora um caso na praia de Atalaia, ocorrido no dia 1° de janeiro. “A praia é mais tranqüila para se banhar do que os rios. Porque o rio tem correnteza muito forte e aí os desprevenidos acabam se afogando muito rápido e na maioria das vezes é fatal”, explica o major Miguel, comandante do Gmar. Além disso, ele relata que as fatalidades acontecem também porque “as pessoas se preocupam mais em se divertir, e não com a segurança”.
Prevenção
De acordo com o major, o trabalho de prevenção realizado, principalmente na capital, tem surtido bons resultados. Durante todo o ano de 2007 foram registrados seis afogamentos na extensão de praia que vai da Coroa do Meio à Sarney. Já os casos de princípio de afogamentos caiu de 206 em janeiro de 2007 para 35 em dezembro.
“A maioria dos afogamentos poderiam ter sido evitados se os banhistas tivessem se prevenido e não tivessem ido se banhar em áreas desconhecidas”, ressalta. Ele recomenda que as pessoas se informem com os guarda-vidas ou mesmo com a população local antes de irem visitar uma determinada área de banho. Esse desconhecimento foi o que vitimou quatro jovens no povoado Saúde, em Santana do São Francisco, no dia 4 de janeiro. Major Miguel Pereira, comandante do Gmar
Além disso, é importante obedecer às sinalizações colocadas pelos bombeiros em áreas consideradas perigosas. O serviço preventivo de monitoramento do mar é realizado diariamente. As equipes percorrem as praias mais movimentadas, identificam os locais de perigo e sinalizam com bandeirolas vermelhas, que devem ser respeitadas pelos banhistas.
Precariedade
Apesar de realizar um trabalho preventivo que ele considera eficiente, o major Miguel afirma que as condições de trabalho do Grupamento Marítimo são precárias. Atualmente, o Gmar conta com apenas dois veículos para atender as ocorrências em todo o Estado, segundo ele o ideal seriam seis. Outra reivindicação é de um posto com estrutura mais adequada.
“Isso aqui não dá para funcionar um grupamento marítimo. A orla cresceu muito nos últimos anos e o Gmar não acompanhou esse crescimento. Era para ter criado um quartel novo, com garagem própria, aumento das instalações, refeitório, alojamento…”, questiona o major. O espaço atual ao qual ele se refere possui menos de 40m² e em que trabalham diariamente 15 pessoas.
O efetivo que é de 42 guarda-vidas, também não é eficiente. Para o período de Carnaval mais 22 homens devem fazer o reforço nas principais praias do Estado, como: Pirambu, Caueira, Abaís, Atalaia Velha, Barra dos Coqueiros. Para cobrir os 18km de praia de Aracaju que vai da Coroa do Meio à Sarney o Gmar deverá contar com um efetivo de 18 guarda-vidas, normalmente apenas oito homens fazem esse trabalho.
Por Carla Sousa
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