Sem quorum, candidatos pedem contagem de votos para desembargador

Eleições em clima ameno
Sem o clima acalorado das últimas eleições, os candidatos Edson Ulisses, Aída Campos e Maria Clarete registraram protesto em ata, pedindo que fosse feita a contagem dos votos da eleição para desembargador realizada pela Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Sergipe, (OAB/SE). O pleito realizado nesta sexta-feira, 15, não atingiu o quorum mínimo e, por isso, foi anulado.

 

Apenas 935 advogados votaram, sendo menos de 20 nas cidades de Estância e Nossa Senhora das Dores, número ainda menor do que o das eleições do último dia 7 de dezembro, quando compareceram 1.114 votantes. Para que a eleição fosse considerada válida, era necessário, pelo menos, 1.243 votos. “As urnas devem ser abertas, não ter havido quorum não impossibilita que se faça a contagem dos votos”, acredita Ulisses.

 

Ele afirma que buscará as medidas judiciais cabíveis para, como quando da primeira eleição, pedir

Edson Ulisses (dir.) pedirá contagem
que os votos sejam contados. “É preciso lembrar que essa eleição está sub-judice, ainda há um mandado de segurança a ser apreciado”, lembra. O processo a que ele se refere pedia a contagem de votos da primeira eleição.

 

A também candidata Emília Correa discorda do pedido de Ulisses. Para ela, a falta de quorum é um reflexo do que pensam os advogados de Sergipe. “Certamente é um protesto”, diz. Ela afirma que não pedirá a contagem de votos. “Quando eu entrei na disputa, sabia quais eram as regras e as aceitei. Tem que haver coerência!”, declara.

 

O presidente em exercício da OAB/SE diz não saber o porquê da ausência dos advogados. Ele alega que a instituição divulgou a eleição e tentou mobilizar os eleitores. “Tenho a consciência do dever cumprido”, disse.

Valmir Macedo (ao centro)
 

Reunião

 

O Conselho Seccional da OAB/SE deverá se reunir, provavelmente ainda na próxima semana, para decidir se uma nova eleição será realizada ou se o próprio Conselho formará a lista sêxtupla a ser enviada ao Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ/SE). “O Conselho é soberano e deverá deliberar o próximo passo”, afirmou Valmir Macedo.

 

Ele explicou que, na verdade, o Conselho poderia ter escolhido a lista, mas decidiu fazer a eleição para que o processo fosse mais democrático. A partir da lista sêxtupla, o TJ/SE deverá escolher três nomes para enviar ao governador do Estado, Marcelo Déda, que escolherá o desembargador que ocupará a vaga de Pascoal Nabuco, aposentado em 2007.

 

Por Gabriela Amorim

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