Líderes das associações de policiais militares prestam depoimento

Policiais e advogados aguardam por depoimento
A queima do Judas, como forma de manifestação dos policiais militares, realizada no dia 11 de abril, gerou a abertura de uma sindicância contra os presidentes das associações da corporação. Na manhã desta sexta-feira, 24, eles foram ouvidos pelo encarregado do processo, coronel Antônio Vieira dos Santos. A investigação visa à análise de possíveis transgressões praticadas pelos policiais no ato.

O sargento Jorge Vieira, um dos indiciados, que prestou depoimento nesta manhã, explica que a queima do Judas é uma manifestação folclórica e tradicional. “Nós reunimos as famílias dos policiais num ato cultural que foi a queima do Soldo”, informa ele. Da mesma forma, o sargento Anderson Araújo reitera que ato realizado no dia 11 não serviu de transgressão ao comando da corporação militar. “Foi apenas uma manifestação folclórica e nada mais”, argumenta.

Samuel presta depoimento
Depoimento

Assim como Vieira e Araújo, o capitão Samuel Alves e os sargentos Edgar Menezes, e Alexandre Prado também foram ouvidos nesta manhã. De acordo com Samuel, “a tomada do depoimento foi normal e sem pressões e serviu apenas para esclarecer o que aconteceu na manifestação da Orla de Atalaia”.

O advogado da Associação de Praças Militares de Sergipe, Sérgio Bezerra, acredita que a abertura dessa sindicância “não condiz com a política do atual governo do Estado, já que as reivindicações dos policiais são justas”.

Sérgio Bezerra, advogado dos policiais
Entrevista

Sobre a entrevista concedida a imprensa, que também é peça do processo, o capitão Samuel explica que ela foi convocada para prestar esclarecimentos sobre sua saída da Superintendência de Transporte Trânsito de Nossa Senhora do Socorro. “Na entrevista, eu informei que estava deixando o cargo para impedir que o município fosse prejudicado, em decorrência das nossas movimentações”, esclarece o capitão. Atualmente, Samuel ocupa o cargo de chefe de operações do Policiamento do Interior.

Motim

Antônio Vieira, responsável pela sindicância
A denúncia que recai sobre os policiais militares é de motim, que segundo o Código Penal Militar pode levar a prisão com pena de quatro a oito anos de prisão. O Ministério Público Militar, na pessoa do promotor Jarbas Adelino Santos, foi o responsável pelo oferecimento da denúncia.

De acordo com o coronel Antônio Vieira, responsável pelo processo, as possíveis irregularidades serão investigadas através das primeiras oitivas, que foram realizadas na manhã desta sexta-feira.

Além disso, testemunhas serão ouvidas e outros policiais poderão ser convocados para prestar depoimento. “Depois disso, apresentarei o relatório final sobre o processo”, explica o coronel. Ele possui 15 dias de prazo, que poderá se estender por mais dez dias, para finalizar o relatório.

Por Valter Lima

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