Policiais e esposas realizam protesto

Policiais reunidos nas proximidades da Praça Camerino
Policiais militares e esposas realizaram mais um movimento por reajuste salarial nesta segunda-feira, 18. Espalhados pelos semáforos localizados no entorno da Praça Camerino, os manifestantes entregaram folhetos com informações sobre o salário dos policiais e a diferença existente com os valores divulgados pelo Governo do Estado.

“Os dados divulgados pelo Governo não condizem com a realidade. É só mais uma forma de enganar a sociedade”, disse o sargento Vieira, acompanhado de alguns policiais, que concordavam com ele sobre a “inverdade” dos valores apresentados em peças publicitárias do Governo. “Este é mais um protesto em favor dos policiais militares, que se arriscam e são submetidos a várias situações de risco”, afirmou Vieira.

“Estou ajudando meu marido”

A declaração acima é da senhora Ivanete Viana, que distribuía folhetos em frente à Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe (OAB/SE), local onde havia maior concentração de manifestantes. No local acontecia a solenidade de julgamento da Comissão Nacional de Anistia, com a presença do ministro Tarso Genro e do governador Marcelo Déda.

Maria José: “precisamos nos movimentar”
 A dona de casa Maria José, que também é esposa de policial, afirmou que “não é justo que os militares recebam tão pouco”. Para ela, as manifestações são uma forma de mostrar para a sociedade a importância do trabalho da PM. “Nós precisamos nos movimentar, fazer alguma coisa, para que este quadro mude”, afirmou ela.

Gratificação

Um soldado engajado, que preferiu não se identificar, temendo represálias, afirmou que recebe R$ 1.635,33, valor esse inferior ao divulgado pelo Governo (R$ 1.778,42). Como prova, o policial apresentou o contracheque.

Da mesma forma, um segundo tenente comprovou que recebe menos de R$ 3.735,96 (salário previsto pelo documento divulgado pelo Governo). “Eu recebo mensalmente R$ 2.889,67, e isso porque não estou mais na ativa, já que os valores que o Governo está divulgando são elevados por conta da gratificação por serviço externo”, explica o tenente.

Vencimentos dos policiais
Para o sargento Vieira, “é injusto que esta gratificação seja paga somente aos policiais que estão na ativa, pois, se um policial se aposentar hoje, fica recebendo um salário muito baixo”. Outro ponto de discordância diz respeito ao valor do triênio, que no documento divulgado pelo Governo, refere-se a vencimentos máximos. “O policial só estará recebendo os salários apresentados pelo Governo se ainda estiver na ativa após 30 anos de trabalho e isto é impossível”, reclama ele.

Resposta

A superintendente geral dos Recursos Humanos da Secretaria de Estado da Administração, Andrea Machado, explica que o reajuste na gratificação por serviço externo corresponde a um dos avanços oferecidos pelo Governo aos policiais. “A gratificação refere-se a 82% do salário base”, informa ela.

Sobre o triênio, ela confirma que os dados referem-se a valores máximos, mas ressalta que esta informação está presente no documento divulgado pelo Governo. “Nós não escondemos esta informação. Ela está presente na legenda que explica que a remuneração é a soma de diversos valores, dentre eles, o vencimento básico, a gratificação por serviço externo, o triênio máximo, a periculosidade e a gratificação por atividade militar”, explica Andrea Machado.

Por Valter Lima

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