Zoológicos ou oceanários não são unanimidades entre viajantes quando se fala em observar animais aprisionados em tanques ou jaulas. Mas quando se indica o Oceanário de Lisboa a visão tende a se reverter por conta da tamanha conservação, cuidado e magnitude dos habitats. Para se ter uma ideia, um dos mais visitados aquários do oceanário fica no centro do prédio com cinco milhões de litros de água salgada, contando com quatro habitats marinhos que criam a ilusão que estamos perante um só aquário e um só oceano.
A visita desenrola-se em dois níveis, o terrestre e o subaquático, atravessando as águas temperadas, tropicais e frias dos diferentes oceanos do planeta. Também há alguns tipos de aves, como os pinguins, papagaios do mar, andorinhas; anfíbios, invertebrados, mamíferos, algas e plantas. Vale a pena a visita, de passagem por Lisboa, até por ficar no denominado Parque das Nações, um pavilhão à beira-rio com boulevares, galerias, além de cassinos, shoppings, bares, restaurantes, amplos jardins e prédios modernos.
Inaugurado em 1998 no denominado Pavilhão do Conhecimento do Parque das Nações, em Lisboa, entrecortada por prédios modernos e complexos de lazer, o Oceanário de Lisboa foi construído no âmbito da última exposição mundial do séc. XX, cujo tema foi “Os oceanos, um patrimônio para o futuro”, como aquário público de referência lusitana e que hoje se tornou referência internacional.
O oceanário recebe anualmente cerca de 1 milhão de pessoas, que percorrem as suas exposições temporárias e permanentes, tornando-o o equipamento cultural mais visitado de Portugal. E não é por acaso.
Debruçado sobre o Tejo, com uma arquitetura arrojada, o complexo integra dois edifícios, o original dos Oceanos e o novo edifício do Mar, conectados por um enorme átrio decorado com um painel de 55 mil azulejos, que oferece acesso às exposições e à área educativa.
Subindo por uma rampa acessível, o turista tem acesso a primeira sala que neste momento abriga uma exposição temporária Hooked on Life, do artista Vicent Mock, até o dia 30 de setembro. Ele construído animais em tamanho natural e gigantes com mais de 22 mil anzóis acoplados uns aos outros.
O oceanário é dividido em dois pavimentos e se deve começar a visita no andar superior, onde se concentram os habitats temperados, tropicais e frios em grandes salas, através das quais os visitantes adentram percebendo as diferenças de temperatura, de cor, de clima, paisagem, fauna e flora. As lontra-marinhas e os pinguins chamam atenção.
No andar térreo, são mais de 30 habitantes, entre aquários e recipientes contendo os mais diversos animais peixes, anfíbios, répteis e algas que habitam os mares. Em uma das salas, os anfíbios e répteis de vários locais do mundo dão a cor da visita. Salamandras, sapos, rãs, das mais diversas formas parecem mostrar um mundo animal pouco conhecido para todos, tamanha a diversidade.
Em outro ambiente, os olhos enchem de cores com a infinidade de invertebrados, entre anêmonas, camarões, caranguejos, corais, esponjas, estrelas, medusas, ouriços, polvos, urtigas.
É interessante observar o bailar das algas, das medusas que parecem mudar de cor, além dos recém-chegados dragões marinhos folhosos que mais parecem se confundir com a fauna do ambiente.
Uma das grandes vedetes do oceanário é o aquário central que permite uma aproximação com tubarões, arraias gigantes e peixes de profundidades. Há salas onde há uma interação entre o visual e o sonoro provocando uma viagem de sensações ao fundo dos oceanos.
O oceanário de Lisboa creditado pelo Tripadvisor como o melhor do mundo é sem sombra de dúvida uma viagem aos oceanos para todas as idades. Vale a pena a visita, até por se ele um dos atrativos de um bairro que conta com cassino, shopping, teleférico, museus, centros comerciais, restaurantes, passagens sobre o Tejo e locais de pura contemplação, jardins, passeios e uma bela vista da Ponte e da Torre Vasco da Gama.
Dicas de viagem
O oceanário funciona de outubro a abril, todos os dias, das 10h às 18h. Entre os meses de maio a setembro, todos os dias, das 10h às 19h. O endereço é a Doca dos Olivais, Parque das Nações. Os preços variam de € 13 a €19 a depende da faixa etária (há preços especiais para crianças e famílias).
O Oceanário colabora com várias instituições em projetos de investigação científica, de conservação da biodiversidade marinha e que promovam o desenvolvimento sustentável dos oceanos.
A zona onde está inserido o oceanário é bem servida por um conjunto de infraestruturas de transportes. A estação do Oriente articula toda a rede de transportes públicos que serve a zona oriental de Lisboa, como o Metro, autocarros e todos os comboios da Linha de Sintra (Amadora e Campolide) e Linha do Norte, além de uma praça de taxis.
Incorpore na visita ao oceanário uma visita também a outros equipamentos culturais da região, além da zona de restaurantes a beira do Tejo. Há também uma lojinha na saída do local com produtos da marca do Oceanário. https://www.oceanario.pt
Lisboa é muito mais: Castelo de São Jorge, Parque Eduardo VII, Igrejas da Sé; Teatro D. Maria II, Estação do Rossio, Museus do Fado, do Azulejo, da Marinha, entre várias outras atrações, mas é na Lisboa moderna onde se encontra o Centro de Compras Vasco da Gama, o Parque das Nações, o Panteão Nacional, a Torre Vasco da Gama.
Gastroterapia
Bocaditos, uma tradição de uma rede de restaurantes baseadas nas tapas espanholas, ganhou o fast food português e há em vários bairros da capital lusitana. Há mais de 100 combinações através dos quais o consumidor pode escolher entre recheios e molhos que vem em pequenos pães. Há também há possibilidade de vir com fritas e outras combinações para quem quer acompanhar com uma boa bebida alcoólica. Os preços variam entre €1 e €5. O consumidor pede direto no balcão um ou vários deles. Depois é só se deliciar.
Entre outras delícias não tradicionais português, mas tradicionalmente mundiais, as massas de frutos do mar são bem pedidas e com um bom custo/ benefício nos restaurantes lusitanos, quando quer fugir do tradicional bacalhau. Uma boa pedida é pedir o arroz ou a talharim negro com frutos do mar.
Fotos: Silvio Oliveira
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